Usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação, veicular anúncios ou conteúdo personalizado e analisar nosso tráfego. Ao clicar em "Aceitar tudo", você concorda com nosso uso de cookies.
Preferências de Consentimento
Usamos cookies para ajudar você a navegar com eficiência e executar determinadas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies em cada categoria de consentimento abaixo.
Os cookies categorizados como "Necessários" são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para habilitar as funcionalidades básicas do site....
Sempre Ativo
Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.
Nenhum cookie para exibir.
Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.
Nenhum cookie para exibir.
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Nenhum cookie para exibir.
Performance cookies are used to understand and analyse the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Nenhum cookie para exibir.
Advertisement cookies are used to provide visitors with customised advertisements based on the pages you visited previously and to analyse the effectiveness of the ad campaigns.
Visão noturna e detector de calor corpóreo: inovações do policiamento aéreo de Minas
04 de agosto de 2019
4min de leitura
Minas Gerais – O Comando de Aviação do Estado (Comave) é uma das forças de policiamento aéreo mais modernas do Brasil. Para que possam atuar em voos noturnos, por exemplo, os tripulantes das 15 aeronaves que compõem a força dispõem de quatro equipamentos que permitem que os policiais militares enxerguem em ambientes de baixíssima iluminação.
O capitão Thiago Vitório verifica equipamento de aeronave do Comave. Ele conta que a posição de toda a frota pode ser monitorada por sistema inovador criado em Minas (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Há aparelhos que contam com imageadores: três câmeras que permitem também a visualização do espectro infravermelho e térmico e favorecem a identificação de pessoas pela emanação de calor corpóreo.
“Com esse equipamento conseguimos distinguir em ambientes com pouca visibilidade onde está um fugitivo, por exemplo. Mesmo se a pessoa estiver atrás de uma árvore, é possível detectar a sua presença”, afirma o chefe da seção de comunicação do Comave, capitão Thiago Vitório de Oliveira, que é copiloto.
Uma outra inovação é o sistema Followair, desenvolvido por uma empresa mineira e que permite o controle situacional de todas as 15 aeronaves do Comave por meio de um monitor. Com isso, o comando pode saber a localização exata de uma aeronave, sua velocidade, altitude, se está pousada ou em manutenção.
E as novidades não param de chegar, dois blindados à disposição do Batalhão de Choque e do Grupo de Ação Tática Especial (Gate) são chamados pelas tropas da Polícia Militar de Minas Gerais de caveirões, numa alusão a veículos semelhantes que são utilizados no Rio de Janeiro para combater o tráfico que domina comunidades carentes.
Isso porque precisam resistir a disparos de armamentos de guerra em poder de traficantes e de milicianos. Helicópteros com esse tipo de blindagem também dão apoio e por esse motivo ganharam o apelido de “Caveirões do Ar”.
A PMMG rejeita essa designação, mas corre informalmente entre a tropa que o mais novo helicóptero a operar no Comando de Aviação do Estado (Comave) recebeu o mesmo apelido por ser um aparelho de porte avantajado perto dos AS 350 B2 da Helibrás, utilizados de forma mais corriqueira pela corporação.
O helicóptero mais moderno do Comave veio diretamente do hangar do governador. Trata-se de um Dauphin N2 doado em abril, permitindo o transporte rápido de até 12 pessoas, inclusive durante a noite, uma vez que tem a capacidade de operar por instrumentos e não apenas por meios visuais, como as demais aeronaves de asas rotativas da unidade.
O Dauphin N2 é o mesmo modelo utilizado pelo Exército Brasileiro – o Pantera, e poderá ampliar a capacidade de transporte de órgãos para transplantes, por exemplo, em todo o território mineiro e nacional, bem como remover pessoas desabrigadas ou em áreas ameaçadas.
Testemunha da evolução
Missões de apoio na Argentina, no Uruguai, nas florestas da Chapada Diamantina e na Amazônia. O piloto mais antigo em atividade do Comando da Aviação do Estado (Comave), tenente-coronel Carlos Gonçalves Júnior, tem recordações que marcaram a história da aviação policial em Minas Gerais.
Formado pela segunda turma de pilotos da Polícia Militar, em 1995, e com 32 anos de corporação, testemunhou a evolução dessa força, que chegou a ter helicópteros cedidos pela Força Aérea Brasileira (FAB) e hoje opera aeronaves multimotores como o Dauphin N2. São 75 mil horas de voo desde sua criação, há 32 anos.
“A evolução percebida é algo surpreendente, pois ocorre de maneira técnica, obtendo resultados expressivos de otimização do emprego do recurso aéreo para salvar vidas e reprimir o crime organizado a tempo e a hora”, disse Júnior.
Ele se recorda que o primeiro piloto da corporação foi o coronel da reserva Severo Augusto, quando ainda era tenente. “Somos identificados com o nome da nossa esquadrilha: Pégasus. O Coronel Severo é o Pégasus 01. Eu sou o Pégasus 12”, conta o piloto, que atuou em desastres de grande repercussão, como o do soterramento na Vila Barraginha, em Contagem, em 1992, enchentes no Sul de Minas e em Santa Catarina e incêndios florestais na Chapada Diamantina e Roraima.
“Era cadete ainda quando ocorreu uma fatídica rebelião no presídio Nelson Hungria, em 1992, e o Corpo de Policiamento Aéreo (Corpaer) tinha apenas uma aeronave. Foi quando recebemos duas aeronaves modelo Bell 47 doadas pela FAB. E essas foram importantes na formação das primeiras turmas de pilotos da corporação. “
Mesmo com tanta experiência, a tragédia de Brumadinho é considerada pelo militar como a experiência mais marcante da sua carreira. “Foi o evento de maior resgate do mundo utilizando helicópteros. Foram 32 aeronaves e isso exigiu de todos, das equipes em terra, mecânicos, pilotos, tripulantes e coordenadores. Foi de extrema importância resgatar as pessoas feridas e a memória dos mortos. Reafirmou o compromisso da aviação. Recebi um investimento da PM e é com o dever cumprido que devolvemos esse investimento”, considera o tenente-coronel Carlos Júnior.
Para assinar nossa newsletter basta inserir seu endereço de e-mail no formulário ao lado. Fique tranquilo, respeitamos sua privacidade e somente enviaremos conteúdo útil pra você.
Enviar comentário