NÁDIA TEBICHERANE

Violência de graça…

Sem graça, medonha, tristonha…

Armada, articulada, manipulada…

Endereçada, desalmada.

 

Violência covarde…

Sem combate, sem alarde…

Do homem e do ônibus que arde…

Abate covarde.

 

Violência vulgar…

Da mãe que morre com a filha a olhar…

Amedrontar, provocar, desafiar…

Apagar, apagar.

 

Violência que paralisa…

Desliza por ruas, esquinas e bares…

Contabiliza suas vítimas…

Fragiliza.

 

Violência indecente…

Que mata inocente, toda gente…

Demente, delinquente…

Que não olha de frente.

 

Violência que precisa parar…

Investigar, procurar, se antecipar…

Colocar no lugar…

E a vida continuar.