Trote faz helicóptero aeromédico do SAMU/PR voar sem necessidade
08 de fevereiro de 2020 1min de leitura
08 de fevereiro de 2020 1min de leitura
O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) de Maringá, no Paraná, recebeu um trote na segunda-feira (27/01) e acabou gastando cerca de R$ 15 mil para levar helicóptero de regate à cidade vizinha de Paranacity, a 80 quilômetros de distância.
O diretor do Samu da cidade, Wellington Antonio de Souza, contou que o serviço recebeu uma ligação relatando um suposto acidente de moto que teria resultado no motociclista caído no asfalto, com traumas na cabeça e muito sangue. “A pessoa que ligou explicou que era um local ermo e que, por isso, não tinha como chamar outra forma de resgate”, disse.
Durante o deslocamento aéreo, a equipe tentou retornar a ligação e não foi atendida. O helicóptero foi até o local e os profissionais constataram que não houve nenhum acidente. O Samu informou que a “brincadeira” custou cerca de R$ 15 mil.
Além do prejuízo financeiro, Souza lembrou que não é uma operação simples decolar o helicóptero de resgate: a logística envolve combustível para a aeronave, comandante qualificado para pouso de emergência, um médico e um enfermeiro treinados, além de medicamentos e insumos médicos que precisam ser acondicionados de forma correta no helicóptero.
Em Paranacity, a equipe médica foi até à delegacia e registrou um boletim de ocorrência. As autoridades locais investigam o autor do trote. “Não é muito comum acontecer esse tipo de trote aqui na nossa região”, disse o diretor. “Este foi muito bem feito, conseguiu que atendentes e equipe acreditassem que o acidente era verídico”. Souza espera que o autor da ligação seja responsabilizado e que o episódio sirva de alerta para que a “brincadeira” não se repita.
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