Serviço de resgate aeromédico GRAME da Paraíba realiza mais de 270 horas de voo pela vida
18 de novembro de 2023 3min de leitura
18 de novembro de 2023 3min de leitura
Paraíba – Na Paraíba, o SUS tem asa e voa pela vida por meio do Grupo de Resgate Aeromédico (Grame). O serviço, implantado pelo Governo da Paraíba em 2020, é realizado de forma conjunta pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), Corpo de Bombeiros e Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social (Sesds) e, nos últimos 12 meses, já realizou 277 horas de voo. São mais de 80 mil km voados e um total de 65 ocorrências, sejam elas missões de repatriação, transporte para fora de domicílio ou urgências dentro do território.
A Paraíba foi o primeiro estado do Nordeste a implantar este tipo de salvamento com aeronave de asa fixa. No início, o Grame atuava com uma única aeronave, o bombeiro 01. Em 2023, o Governo da Paraíba ampliou a oferta do serviço com mais uma nova aeronave, a Bombeiros 02. O novo equipamento é mais amplo, comporta mais gente, dando espaço para o acompanhante do paciente, com a capacidade de realizar voos diurnos e noturnos.
O médico e coordenador do Grame, Elvio Lieverte, destaca que, além do serviço de UTI aérea para o transporte de pacientes de maneira programada, o Grame também trabalha no transporte de órgãos e tecidos, transporte inter-hospitalar, repatriação de cidadãos paraibanos e no apoio às operações institucionais do Governo, da Secretaria da Segurança e do Corpo de Bombeiros da Paraíba. Ele explica que a regulação do serviço é toda realizada por meio da Central Estadual de Regulação Hospitalar. O uso do transporte aéreo vai depender da gravidade e da estabilidade do paciente.
“Primeiramente, é preciso ter a vaga disponibilizada na unidade referência que irá receber o paciente, por isso que toda a regulação do serviço é feita pela Central Estadual de Regulação Hospitalar. O hospital ou unidade solicitante entra em contato com a Central de Regulação e solicita a vaga. Depois que essa vaga é cedida, a Central viabiliza o melhor transporte, terrestre ou aéreo. Nós temos médicos que fazem parte do Grame e também da Central de Regulação para fazerem junto conosco essa avaliação se o paciente tem viabilidade de transporte aéreo. Sendo viável para este tipo de transporte, a solicitação é preenchida pela unidade solicitante e enviada para o Centro de Operação de Frotas e de lá é enviado para o Grame para então iniciar a operação”, explica.
A equipe do Grame é formada por médico, enfermeiro, piloto, copiloto e os operadores aerotáticos. Conforme a médica Alana Albuquerque, o serviço está colocando também um profissional de fisioterapia para acompanhar nas missões. “Somos pioneiros em colocar a fisioterapia, especialmente a respiratória, nos traslados aéreos, principalmente nas repatriações, com uma demanda maior. Dessa forma, conseguimos dar maior assistência ao paciente que está intimado e daquele que precisa do suporte ventilatório”, destaca.
O capitão e comandante da aeronave, Alisson Soares, ainda lembra da primeira missão de repatriação do Grame. Um paciente pediátrico precisou realizar uma cirurgia cardíaca pelo SUS em São Paulo e o resgate aeromédico trouxe a criança de volta para a Paraíba para terminar o tratamento ao lado da família. “Nossa primeira repatriação foi bem marcante. Foi montada toda uma estrutura para realizar a operação. Para realizar a missão foi necessária uma articulação com outros estados para garantir a retaguarda, pois a aeronave precisava fazer paradas estratégicas para abastecimento em Minas Gerais e na Bahia. Foram 11 horas de missão: o voo saiu de São Paulo às 9h e chegou na Paraíba às 20h. E deu tudo certo”, lembra.
O Grame atua na Paraíba desde 2021, transportando pacientes que precisam de cuidados em outras unidades hospitalares, sejam elas dentro ou fora do estado. Hoje, o serviço estadual conta com duas aeronaves disponíveis, uma delas com autonomia de 4h30min de voo.
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