Minas Gerais – Além de demandas aéreas relacionadas à Segurança Pública, como apoio em operações policiais, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), por meio da Coordenação Aerotática (CAT), atua em diversos tipos de missões.

Em 13/09, a Coordenação Aerotática (CAT) da PCMG foi acionada para socorrer uma criança, de 1 ano e 5 meses, picada por um escorpião na cidade de Itabira, região Leste do estado de Minas Gerais.

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Os Tripulantes da CAT da PCMG, juntamente a uma equipe médica, estiveram naquela cidade para transportar o menino, que estava hospitalizado, para Belo Horizonte. O helicóptero da Polícia Civil realizou o trajeto aéreo e pousou no hangar do Corpo de Bombeiros Militar, onde a unidade de resgate já aguardava o garoto para levá-lo a um hospital da capital.

O piloto Leandro Romano, que esteve à frente da ação, destaca o quanto é recompensador participar do salvamento de uma vida. “É muito gratificante para nós, policiais civis da Coordenação Aerotática, além de prover segurança para as equipes em terra nas diversas operações pelo estado e fora dele, também colaborar com o salvamento efetivo de vítimas que necessitam de um transporte aeromédico de urgência, quando minutos podem fazer a diferença entre a vida e a morte”, afirma.

O coordenador da CAT, delegado Felipe Forjaz, destaca que a Polícia Civil realiza apoio aéreo em diferentes situações, incluindo o auxílio no salvamento de vidas. “A PCMG vem atendendo essas ocorrências aeromédicas há muitos anos. Isso em apoio às demais instituições do Estado, como no caso da Secretaria de Estado da Saúde, através do acionamento feito pelo Corpo de Bombeiros. A nossa atuação não se restringe às demandas institucionais. Elas vão muito além disso”, enfatiza.

Romano conta ainda que “sempre que acionados pelos Bombeiros, a CAT atendeu demandas de resgate aeromédico, combate a incêndio com transporte de brigadistas, entre várias outras funções, nas quais o uso do helicóptero da Polícia Civil ajuda também a salvar vidas”. Nesse sentido, Forjaz aproveita para ressaltar outras situações em que salvar vidas foi o principal objetivo do apoio aéreo realizado pela CAT.

Há cerca de seis anos, Bruno de Sousa, 33 anos, instrutor de voo, sofreu um acidente devido a um problema mecânico na aeronave. O avião em que estava teve que fazer um pouso forçado em uma lagoa na cidade de Juatuba, região Central de Minas, durante um voo rotineiro de decolagem que fazia com um aluno. Recuperado, Bruno reconhece que o apoio recebido pela PCMG foi fundamental.

“No dia do acidente, aparentemente eu não estava lesionado, mas percebi que minha visão estava diferente. No hospital, o médico falou que se eu não fizesse o tratamento a tempo, poderia perder minha visão. Então, se não fosse o atendimento rápido do helicóptero da Polícia Civil, eu não teria minha visão hoje”, agradece Bruno ao recordar que, à época, a copiloto inclusive cedeu o lugar para ele no helicóptero.

“A Janaína (copiloto no dia do acidente) voltou de Juatuba para BH de carro. Se ela não tivesse me cedido o lugar dela, não seria possível chegar tão rapidamente ao hospital. Se não fosse também o atendimento, tanto do piloto Luiz Alvarenga quanto do operador aerotático Gilberto, não seria possível nem voltar a atuar na minha profissão”, acrescenta Bruno.

Além do helicóptero, Forjaz destaca que os drones também são fundamentais na missão de salvar vidas. O delegado conta que, no último mês, o condutor de uma motocicleta sofreu um acidente em Caratinga, no Rio Doce, e foi encontrado com a ajuda de um drone. “Ele passou a noite em uma vala e, apesar de todas as buscas que foram feitas no local, somente foi possível encontrá-lo com o uso de drone”, salienta.

Outro tipo de missão já desempenhada pela CAT foi o apoio aéreo no combate a incêndios florestais. No final do último ano, por exemplo, a PCMG participou de uma força-tarefa para controlar um incêndio que se alastrou no Parque Estadual do Rio Doce, na cidade de Mariléria.

Além dessas situações em que a CAT atua de forma constante, o delegado Felipe Forjaz enfatiza que “também fazemos transporte de órgãos pelo acionamento do MG Transplantes e outras operações de buscas, salvamento e resgate para os quais os pilotos e operadores aerotáticos da Polícia Civil são extremamente capacitados”.