SAER/PCERJ auxila na captura de clonador de automóveis de luxo
04 de fevereiro de 2022 2min de leitura
04 de fevereiro de 2022 2min de leitura
Rio de Janeiro – A supercâmera de R$ 5,5 milhões que auxilo a Polícia Civil a prender um dos ladrões de carro mais procurados do Rio de Janeiro.
A UltraFORCE 350-HD, da empresa Flir, guiou agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) até Thiago Fernandes Virtuoso, o Tio Comel, conhecido clonador de automóveis de luxo e foragido da Justiça.
Ainda conforme as investigações, Tio Comel “encomenda” sobretudo veículos importados — e um dos roubos culminou com a morte do médico Cláudio Marsili, na Barra da Tijuca, em outubro de 2021. A Delegacia de Homicídios investiga a participação direta de Comel nesse crime.
O equipamento, chamado Olho do Águia, faz imagens em alta resolução a partir de um helicóptero da própria polícia civil, o Águia.
O conjunto possui uma lente termográfica com alcance de cinco mil metros, capaz de identificar criminosos escondidos, à noite ou no escuro, pelo calor do corpo e dos armamentos em utilização.
Segundo policiais, a utilização da tecnologia foi fundamental por que Thiago quase não deixava o Morro do Turano, na Zona Norte, onde foi achado, e não usava celulares. A operação que resultou na prisão foi tão precisa que minimizou as chances do criminoso reagir – ele tinha um fuzil em casa.
Detalhes do Flir
O zoom é capaz de aproximar 20 vezes;
Essa imagem pode ser alternada para a termal;
Tem mira a laser e “aponta” alvos;
Pode ir acoplado em helicópteros ou drones;
Tem um sistema amortecedor que mantém a captação firme;
Pesa 28 kg e mede 35 cm.
“As imagens do Flir são passadas para um carro, ou onde for necessário, para uma equipe acompanhar através de um monitor. São opções que nós temos que facilita muito a ação no terreno”, acrescentou o delegado Ronaldo Oliveira.
Márcio Braga, titular da DRFA, explicou como o Flir foi fundamental para a prisão do criminoso.
“A gente conseguiu um local aproximado da casa dele, mas com o Flir a gente estabeleceu a localização exata da casa do Comel. Estudamos todas as rotas de fuga. Com a utilização de duas aeronaves próximas à casa dele, foi possível evitar que escapasse”, narrou.
“Ele disse que pensou em fugir, mas o helicóptero estava em cima da casa dele”, emendou.
Até ano que vem, a Polícia Civil tem previsão de contar com mais cinco helicópteros.
“Uma polícia não pode não ter um equipamento como o Flir, que permite filmar os mais diversos ambientes e perceber calor na mata. Uma polícia que não tem tecnologia na sua linha de inteligência e investigação certamente não trará os resultados que a sociedade precisa”, disse o secretário Allan Turnowski.
“Durante uma década não houve investimento na área de inteligência e tecnologia na Polícia Civil. A equipe identificou um Flir no Sul do Brasil ao preço de R$ 5,5 milhões. Pedi ao governador Cláudio Castro, ele liberou os recursos, e o equipamento passou a ser usado”, emendou o secretário.
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