SAER – Polícia Civil/SC – Segurança nas alturas
14 de janeiro de 2010 2min de leitura
É difícil descrever a sensação de liberdade quando se está com os pés fora da terra. Esta percepção, aliada ao sentimento de responsabilidade é sentida diariamente pelos profissionais do Serviço Aéreo Policial Civil de Santa Catarina (SAER), que permanece em Balneário Camboriú durante toda a Operação Veraneio. Quem ganha com isso são moradores e turistas que visitam a cidade, pois agora a sensação de segurança também está no ar.
Segundo o comandante Jonas Santana Pereira, 44, delegado da Polícia Civil e coordenador do SAER, o helicóptero é uma ferramenta a mais no combate a criminalidade. “Estamos concentrados na cidade para dar maior apoio à estrutura de segurança local”, comenta.
Conforme o comandante, além de a SAER atuar em operações especiais da Polícia Civil, os profissionais são treinados para atender eventuais vítimas de afogamento nas praias. “Em razão de estarmos voando, temos uma visão privilegiada, e isso auxilia muito o monitoramento da orla para eventuais incidentes com banhistas na água”, ressalta.
O reforço aéreo permanece no município até o final de fevereiro para atuar no monitoramento da orla do litoral Norte, região do Vale do Itajaí e também em todo o território catarinense. Sendo que duas vezes por ano participa da Operação Fronteira Sul, em conjunto com o Exército Nacional, Polícia Federal e Militar e nas fronteiras com Santa Catarina e Argentina. “É um helicóptero para atender todo o estado, por isso atuamos o ano inteiro, principalmente na região Oeste”, conta.
Salvando vidas
Além das operações policiais, a facilidade de deslocamento dos policiais, também salva vidas no auxílio dos transplantes de órgãos. “A demanda é grande, e se o órgão não for transplantado com rapidez pode não servir mais, por isso também ajudamos nesse sentido”, revela.
O atendimento policial nos ares catarinenses vem sendo prestado desde agosto de 2004, e o comandante comenta que desde então as melhorias na segurança são significativas, principalmente em operações especiais como é o caso da Força Tarefa que atua em Camboriú e Navegantes. “O reforço aéreo agrega muito à segurança, pois além de auxiliar na atuação dos policiais em terra, afeta o setor psicológico do bandido que sente que realmente está cercado e qualquer movimentação que ele fizer poderá ser atingido”, explica.
Toda unidade aérea comercial ou civil estabelece suas próprias normas de limite mínimo de vôo, que geralmente costuma ser 500 horas exigidas pela seguradora. O comandante Pereira conta que isso não significa que o operador de vôo com menos horas não tenha condições de assumir o comando, mas no caso da aviação da polícia, tem que passar por uma avaliação e acompanhamento interno antes de comandar a aeronave. “Tenho mais de duas mil horas de vôo e já participei de treinamentos em São Paulo e Rio de Janeiro”, destaca.
Treinamento
Para participar da equipe aérea da polícia, tem que ser agente de polícia, inclusive o estado catarinense é a única unidade aérea policial no Brasil a operar com mulheres tripulantes operacionais. “Temos quatro mulheres que foram treinadas no Rio de Janeiro para atuarem, inclusive na água”, conta.
Fonte : Jornal Boca
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