Registros de Preço de AvGas não têm interessados e aviões do Bombeiro de Rondônia estão sem voar
20 de novembro de 2017 3min de leitura
20 de novembro de 2017 3min de leitura
Rondônia – Criado em 2012, o Grupo de Operações Aéreas (GOA), do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Rondônia, já prestou centenas de atendimentos, das mais simples as mais complexas situações, porém, mesmo com toda sua importância, suas duas aeronaves, um avião modelo Cessna 210 e um avião Baron BE-58, não levantam voo por falta de combustível.
O serviço prestado pelo GOA consiste no transporte aeromédico de pacientes, serviço de captação de órgãos com equipe médica, missões de defesa civil, como transporte de medicamentos, dentre outras.
Composto por nove pilotos, três mecânicos, sete tripulantes, um enfermeiro e dois médicos, o GOA atuava em 52 municípios de Rondônia, salvando vidas. Em muitos casos, o transporte aeromédico é o único meio seguro e rápido, pois o tempo é primordial para garantir o restabelecimento do paciente. Viagens de 12 horas de ambulância, do interior para a capital, é considerado normal e por isso o avião entra em cena.
Licitação – Registro de preços
O Corpo de Bombeiros realizou quatro licitações para registros de preços, porém, todas foram desertas. Porto Velho possui apenas um distribuidor de AvGas e, segundo os critérios legais do Registro de Preços, o valor estipulado deve ser mantido pelo prazo de vigência do contrato (12 meses). Com receio de haver aumento de custos, a empresa não quis participar das licitações.
Estima-se que até o final de dezembro já esteja regularizada a compra do combustível. Deverá ser realizada compra direta, como prevê a lei de licitações nesses casos. Quem custeia o combustível (AvGas) dos aviões do Bombeiro é a Sesau.
Serviço terceirizado
Entretanto, mesmo com as duas aeronaves paradas, o atendimento aos pacientes não parou, pois, uma empresa terceirizada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) está realizando o atendimento aeromédico. Apesar da população poder contar com este benefício, o Estado sofre prejuízo com o serviço terceirizado, pois se fosse realizado pelo GOA os gastos cairiam quase pela metade. A Sesau mantém os contratos terceirizados.
Recentemente o Cap BM Tadeu Sanchez Pinheiro apresentou estudo comparativo dos custos no transporte aeromédico realizados pelo GOA/CBMRO com os serviços terceirizados contratados pela Sesau. Como muitos outros estudos realizados no Brasil, o resultado desse estudo também demonstrou que o Bombeiro gasta menos que os contratos terceirizados em Rondônia. (Saiba Mais)
Novo avião
Está previsto para março de 2018, a chegada de um avião modelo Grand Caravan EX – Cessna com capacidade de transportar até 12 pessoas por viagem. O avião custou cerca de R$ 9,5 milhões de reais. Com a chegada deste avião, o GOA passará a contar com três aeronaves e, assim, poderá atuar com maior eficiência no transporte aeromédico demandado pela Sesau.
Os custos relacionados a este serviço serão reduzidos consideravelmente, além de permitir que o serviço terceirizado se torne apenas um complemento das operações realizadas pelo GOA.
A necessidade deste transporte aéreo ocorre porque a única maternidade de alto risco do Estado está localizada no Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, em Porto Velho. Além disso, a única Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal e a única UTI pediátrica também estão localizadas na Capital Rondoniense.
Com informações de CBMRO, Jornal de Rondônia e Deputado Jesuíno.
Enviar comentário