Usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação, veicular anúncios ou conteúdo personalizado e analisar nosso tráfego. Ao clicar em "Aceitar tudo", você concorda com nosso uso de cookies.
Preferências de Consentimento
Usamos cookies para ajudar você a navegar com eficiência e executar determinadas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies em cada categoria de consentimento abaixo.
Os cookies categorizados como "Necessários" são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para habilitar as funcionalidades básicas do site....
Sempre Ativo
Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.
Nenhum cookie para exibir.
Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.
Nenhum cookie para exibir.
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Nenhum cookie para exibir.
Performance cookies are used to understand and analyse the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Nenhum cookie para exibir.
Advertisement cookies are used to provide visitors with customised advertisements based on the pages you visited previously and to analyse the effectiveness of the ad campaigns.
Minas Gerais, Comando de Aviação do Estado (COMAVE) – Neste domingo (23), fomos acionados para apoiar Militares do Corpo de Bombeiros nas proximidades da cidade de Monte Azul, Norte de Minas, o famoso pico da Formosa, ponto mais alto da Serra Geral.
Algumas pessoas da cidade de Monte Azul se juntaram e foram para o conhecido pico realizar uma caminhada.
Um dos integrantes da caminhada, por ter ficado pra trás, tentou cortar caminho por um local mais íngreme e caiu de uma altura de aproximadamente 12 metros, o que resultou em TCE e em diversas escoriações.
A queda aconteceu por volta das 10:00 da manhã, equipes do SAMU e Corpo de Bombeiros de Minas Gerais conseguiram chegar ao local da queda e prestar os primeiros socorros, contudo não conseguiram remover a vitima do local.
A equipe do helicóptero Pegasus do COMAVE, acionada por volta das 14:00hs, deslocou-se para o local e lá chegando verificou que o local da queda estava a 4.500 fts, com ventos acima dos 10 kts e rajadas que atingiam os 20kts.
Tripulação treinada, equipamento apropriado, aeronave em condições, chegamos ao local da ocorrência e fizemos uma varredura e o mapeamento do local, verificou-se a altitude e vento no local. Deslocamos até a cidade de Monte Azul onde retiramos todo o peso desnecessário (fonte externa e bagagens) e montamos as amarrações necessárias ao salvamento.
Todos os elementos para efetuar a retirada da vítima do local do acidente estavam presentes, entretanto, a serra geral, com ventos fortes e os ventos orográficos não permitiram a realização do voo pairado próximo a vítima, pois a todo instante a aeronave era chacoalhada com as rajadas de ventos.
Feito contato com o acampamento base dos caminhantes, sugeriu-se que todos fossem se aproximando da vítima para retirá-la por terra, pois a chance de retirarmos com a aeronave só diminuía à medida que vento aumentava. Após a última tentativa de aproximação, já às 17:20 horas local, os tripulantes operacionais subiriam a pé para ajudar.
Durante duas horas de voo tentou-se a aproximação para o ponto de extração, sem sucesso e, após a última tentativa, os tripulantes desembarcaram e subiram para auxiliar.
Porque a narrativa tão detalhada?
Durante as duas horas que tentamos aproximar para extrair a vítima, cada detalhe era analisado, peso da aeronave, a quantidade de combustível e a melhor posição para aproximação.
Os riscos envolvidos eram muito grandes, a vítima se encontrava entre dois paredões, o que colocaria a aeronave em situação delicada no caso de uma emergência ou de extrapolar um parâmetro. Em razão das rajadas de ventos ora de baixo pra cima, ora de cima pra baixo, as pancadas eram sentidas no cíclico e sempre que uma aproximação para o pairado era realizada era necessária a arremetida.
Apesar disso a maior pressão era da própria guarnição, tínhamos tudo para conseguir realizar um belo salvamento, apesar disso a mãe natureza não concordava, pois as rajadas de vento tiraram da tripulação qualquer possibilidade de fazer uma aproximação com segurança.
A sensação de frustração foi enorme, mas a guarnição não se abateu, estávamos cientes que havíamos feito todo esforço ao alcance e dentro da segurança de voo. Entretanto, ao realizar a última tentativa de retirada e ver que não seria possível, desembarcamos os “caveiras aéreas”, Sgt Edmar e Sgt Barbosa. Com a chegada dos dois militares ao local o ânimo das pessoas que já estavam executando o salvamento por terra se elevou e a vítima foi retirada e levada ao hospital consciente, apesar do TCE e vários cortes.
Foi necessário dizer não, prudente e inserido num contexto técnico de julgamento para salvaguardar os militares e a aeronave. Uma das mais difíceis decisões que tomei nos meus 14 anos de aviação, decisão conjunta com os integrantes desta honrada guarnição.
Para assinar nossa newsletter basta inserir seu endereço de e-mail no formulário ao lado. Fique tranquilo, respeitamos sua privacidade e somente enviaremos conteúdo útil pra você.
Enviar comentário