Polícia uruguaia diz que helicóptero da PRF fez abordagem em terras vizinhas
03 de junho de 2012 1min de leitura
03 de junho de 2012 1min de leitura
Uma abordagem realizada no começo desta semana, por um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF), teria parado um caminhão pertencente a uma distribuidora de alimentos uruguaia em terras vizinhas. A aeronave, que integra a Operação Sentinela (de combate ao crime e ao contrabando na fronteira) teria descido em uma área a cerca de 30 quilômetros da fronteira dos dois países, no lado uruguaio.
Em entrevista por telefone, o chefe da polícia de Rivera, Heriberto Fagundez, afirmou que, na segunda-feira (28/05) à tarde, foi realizada a abordagem, perto do povoado de La Puente, na Ruta (estrada) 28. De acordo com o depoimento dos dois ocupantes do caminhão uruguaio, os policiais brasileiros teriam revistado a carga e perguntado se estavam em território brasileiro. Ao escutarem que estavam no Uruguai, um dos policiais teria demonstrado surpresa. Depois desta abordagem, os policiais teriam entrado no helicóptero e decolado.
O caso foi relatado por Fagundez ao Ministério do Interior uruguaio. No entanto, o chefe da polícia de Rivera não sabe informar se haverá uma investigação sobre a possível invasão de território pela polícia brasileira.
Ao saber do caso pela imprensa, o inspetor Alessandro Castro, chefe de comunicação da PRF, ouviu a equipe que realizou a abordagem. Eles confirmaram que revistaram, armados, um caminhão baú, mas alegam que tudo ocorreu em território brasileiro.
O chefe da 11ª Delegacia da PRF, Valmir de Souza do Espírito Santo, afirma que não conseguiu falar com o comandante da equipe que teria realizado a ação, pois ele estaria em uma operação. Ele afirma que os pilotos são orientados a tomar cuidado nestes casos, mas justifica que a fronteira com o Uruguai é muito sinuosa. Por causa da suspeita, a equipe de pilotos envolvidos deve enviar nesta quinta-feira à PRF, em Porto Alegre, um relato por escrito sobre a abordagem.
Reportagem: Laura Schenkel e Letícia Costa / Fonte: Zero Hora
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