Polícia do Condado de Fairfax/ EUA – Uma Lição de Versatilidade – Parte I
12 de setembro de 2014 4min de leitura
12 de setembro de 2014 4min de leitura
Quando eu era criança, minha mãe sempre tinha um punhado de palavras sábias na ponta da língua que serviam para todas as ocasiões, inclusive para situações futuras. Algumas das minhas preferidas eram: “Sempre use roupas íntimas limpas, nunca se sabe quando vai parar em uma sala de emergência”, “Aquilo não vai durar mais que um pum em um tornado”, e “A beleza está à flor da pele, mas a feiura vai até o osso.”
Mas, a que ficou até hoje na minha cabeça é “Cuide dos seus trocados e o seu dinheiro tomará conta de si mesmo.” Essa última expressão não quer dizer que você deva ser mão-fechada, mas que se você usar os seus recursos sabiamente, as decisões inteligentes serão recompensadas a longo prazo. Em outras palavras, fique sempre de olho na figura como um todo.
Recentemente, a Rotorcraft Pro Media Network (RPMN) teve a oportunidade de visitar a Unidade de Aviação do Condado de Fairfax (em Virgínia/ nos EUA). É evidente, em todas as partes de suas operações, que eles mantêm os olhos na figura como um todo. Eles observam os trocados, enquanto o dinheiro está cuidando de si próprio.
OPERAÇÕES
A Unidade de Aviação do Condado de Fairfax foi lançada em 1972, após receber um Enstrom F28 de um empresário local, para logo ser descontinuada em 1975. Depois de algumas reavaliações, a unidade reabriu suas portas no início de 1980 e tem servido aos cidadãos de Washington desde então, tanto na região metropolitana do Distrito de Colúmbia quanto nos bairros mais afastados. Eles contam atualmente com uma tripulação de 20 membros que operam em um esquema ímpar.
Uma tripulação típica consiste de um piloto e dois oficiais de voo tático/ paramédicos. Eles trabalham em turnos de 12 horas que alternam 2 sim, 2 não e 3 sim, 3 não. Cada quatro semanas de turnos diários são seguidas por quatro semanas de turnos noturnos, revezando desta forma. A unidade atualmente opera dois Bell 429, os quais estão dualmente equipados para operações de aviação policial e Serviços de Emergência Médica (EMS).
VERSATILIDADE
A tripulação se destacou imediatamente durante o tempo que passamos juntos. Ela consiste de um Piloto Chefe, cinco Pilotos, 11 Oficiais de Voo Tático (TFO)/ Paramédicos, um Comandante não voador, um Diretor de Manutenção (DOM) e um Técnico de Manutenção. A versatilidade dos TFOs/ Paramédicos com dupla certificação disponibiliza um serviço melhor para os contribuintes. Além disto, todos os membros da tripulação são treinados em Óculos de Visão Noturna (NGV), sistemas termográficos infravermelhos (FLIR), vigilância aérea e resgate de linha estática dando apoio às unidades policiais e aos corpos de bombeiros.
A unidade desempenha, em média, 2.200 missões por ano, e 95% delas são em apoio às unidades policiais em solo. Em 2012, eles transportaram 150 pacientes com trauma, sem contar com as transferências entre as instalações.
Eles também desempenham um papel de liderança no Projeto Salva-Vidas, que é um programa direcionado para as famílias de pessoas com Alzheimer e autismo. Os membros deste programa recebem um transmissor de rádio atado que pode vir acompanhado com um localizador de direção. Quando necessário, o helicóptero é usado como uma plataforma para localizar o sinal do rádio transmitido pela atadura.
Uma das histórias de sucesso do Projeto Salva-Vidas envolveu a localização de um garoto de dez anos de idade, que foi encontrado preso em um lago com a água até o seu peito. Sem a rápida resposta da unidade, os resultados poderiam ter sido trágicos.
Os membros da unidade colocam grande ênfase no profissionalismo, no trabalho de equipe e nos registros meticulosos. O Piloto Chefe Paul Schaaf deixou claro que cada membro da unidade desempenha um papel igualmente importante. Quando estamos contratando pilotos, ele disse, “Nós procuramos por alguém com um ego leve que encontre satisfação e sucesso pessoal nas realizações da equipe. Mais particularmente, este trabalho é sobre transportar os paramédicos e pacientes ao hospital e colocar os TFOs em condições de procurar e encontrar nossos alvos em solo. Não tem nada a ver com o piloto sendo glorificado.”
Durante a nossa visita, eu tive a oportunidade de voar em um assento de salto durante uma chamada de assalto quando a unidade estava dando suporte às unidades policiais em solo. Operando em baixo nível, entre as pistas de voo no Aeroporto Internacional de Dulles, e à noite, o tráfego aéreo estava ocupado e cheio de obstáculos. O compromisso deles com o trabalho em equipe ficava evidente à medida que eles comunicavam constantemente com as unidades em solo, com outro helicóptero, e com o controle de tráfego aéreo, mas mais importante ainda uns com os outros. Estava claro que o objetivo principal era ajudar as unidades em solo e isto era uma responsabilidade da equipe e não, do piloto.
Fonte: RPMN via JustHelicopters/Reportagem: Lynnette Burks
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