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Polícia Ambiental faz operação para coibir atividade de baloeiros no Rio de Janeiro
02 de julho de 2018
2min de leitura
Rio de Janeiro – Policiais militares do Rio de Janeiro apreenderam dez balões durante uma operação para coibir venda, soltura e transporte dos artefatos durante as comemorações de São João, que acontecem durante todo o mês de junho. A ação começou às 5h de domingo (24) em diferentes bairros do Município do Rio e também em Maricá, na Região dos Lagos.
Em Campo Grande, na Zona Oeste da cidade, os militares recolheram: dois balões de 10 metros, um balão de 3 metros, uma bandeira de 25 metros de área, um maçarico, uma boca de arama de 52 cm, 112 fogos de artifício, um rojão e 42 varetas para fazer antena.
Já em Turiaçu, na Zona Norte, foi recolhido um balão de 4 metros; e, em Maricá, na Região dos Lagos, os PMs apreenderam um balão de 12 metros e uma armação de 70 centímetros.
A polícia também encontrou, na Baía de Guanabara, um balão de 15 metros, dois balões de 5 metros, além de um balão de 10 metros. Havia, ainda, uma bandeira de 12 metros e outra de 3 metros. Na Quinta da Boa Vista, Zona Norte, os PMs recolheram um balão de 12 metros e uma bandeira de 27 metros.
Num local próximo à Ponte Rio-Niterói e à pista do Aeroporto Santos Dumont, neste sábado (23), foi flagrado um balão. A presença do artefato naquele espaço aéreo poderia representar um risco para aeronaves. No entanto, não houve registro de incidentes.
Além de atrapalhar aviões e helicópteros, a polícia alerta que balões podem provocar incêndios em florestas e outros tipos de vegetação. Os artefatos são também um perigo em áreas urbanas, podendo cair sobre prédios e casas.
A população pode denunciar a atividade de baloeiros através da Linha Verde, canal exclusivo do Disque Denúncia para reportar esse tipo de crime. Os telefones são: 2253-1177 (capital) ou 0300 253 1177 (interior, custo de ligação local). O anonimato é garantido. A PM garantiu que as operações para coibir a ação de baloeiros vão continuar.
Soltar balões é crime previsto na legislação ambiental e a pena para quem for pego confeccionando, comercializando ou soltando balões que possam causar incêndios é de 1 a 3 anos de detenção ou multa. Ou, as duas penas podem ser aplicadas juntas, de forma cumulativa.
60 denúncias em 2018
O Linha Verde, canal exclusivo para denunciar crimes ambientais, já recebeu este ano 60 denúncias envolvendo locais de soltura, comercialização e confecção de balões. O sistema informou que para conscientizar a população sobre os riscos da prática mantém a campanha “Disque Balão”.
A partir da campanha, o Linha Verde informou que, desde Janeiro, as denúncias recebidas foram importantes para que a polícia apreendesse cerca de 80 balões e de mais de 1,2 mil materiais utilizados na confecção dos artefatos, como lanternas, bandeiras, buchas e fogos de artifício.
Criada em 1999, a campanha “Disque-Balão” manteve o propósito de estimular a população a denunciar locais de comercialização de balões, o que ajuda na prevenção de incêndios e repressão de baloeiros.
Soltar balões, alerta a Linha Verde, é um risco para a conservação e preservação dos recursos ambientais, além, claro, para a segurança da população. Desde o lançamento da campanha, a iniciativa já recebeu mais de 6,8 mil denúncias sobre a atividade criminosa.
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