Pilotos de drones são detido por voo irregular no Guarujá e em Araraquara
20 de fevereiro de 2019 2min de leitura
20 de fevereiro de 2019 2min de leitura
São Paulo – Durante esse final de semana, dois pilotos de drones foram detidos por voo irregular no estado de São Paulo, segundo a Associação Brasileira de Multirrotores.
Em 17/02 (domingo), um piloto de drone foi detido no Guarujá (SP), quando realizava um voo irregular na Praia da Enseada. O drone foi observado pela equipe de um helicóptero da Polícia Militar que percebeu o voo do equipamento sobre os banhistas, identificou o piloto e avisou à equipe de guarda vidas da área.
Na abordagem, foi verificado que o piloto não tinha a documentação exigida para o voo recreativo: homologação do equipamento na ANATEL, cadastro do drone na ANAC e solicitação ou comunicação de voo ao DECEA.
Logo em seguida, o piloto e o seu equipamento (um Phantom 4 da DJI) foram encaminhados à Delegacia de Polícia do Guarujá, onde ele foi enquadrado no art 132 do Código Penal (expor a vida ou a saúde de outras pessoas ao perigo). A pena para esse crime pode chegar a um ano de prisão.
Além das sanções penais, o piloto ainda poderá receber multas da ANATEL, ANAC e do DECEA.
No mesmo dia, em Araraquara, mais um piloto foi detido por uso irregular de um drone durante a partida entre Ferroviária e Palmeiras, na Arena do Forte.
A pedido da Federação Paulista de Futebol, uma equipe da Polícia Militar foi chamada e localizou o piloto, um advogado de 53 anos. Ele realizava voos com o drone sobre o estádio. Segundo os PMs, ele não tinha a documentação necessária para a operação (homologação na ANATEL, cadastro na ANAC e autorização de voo do DECEA).
O advogado foi levado para a delegacia de Araraquara, onde o drone foi apreendido e o piloto enquadrado no art. 132 do Código Penal (por em risco a vida e a saúde de outras pessoas). A pena varia de 3 meses a um ano de detenção.
Além disso, o caso do advogado foi enviado para a ANAC e DECEA. Como o estádio tinha mais de 25 mil pessoas, as multas administrativas para esse caso podem chegar a R$ 30 mil.
A ABM lembra a todos os pilotos remotos que as polícias de todo o Brasil estão intensificando as ações de fiscalização e que já há vários casos de pilotos respondendo na Justiça por voos irregulares, falta de documentação e até por colocar em perigo outras aeronaves.
De acordo com a ANAC, não é necessário ter habilitação para pilotar um drone da Classe 3 até 120 m de altura e dentro da linha de visada. Entretanto, é obrigatório portar toda a documentação para operar o equipamento, além de voar dentro dos limites especificados nas normas.
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