Pilotos da PM de São Paulo realizam treinamento em simulador na Eurocopter
12 de novembro de 2012 2min de leitura
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Em 29 de outubro de 2012, na sede Eurocopter, na cidade de Donauworth, na Alemanha, o Major PM Alexandre Atala Bondezan, o Cap PM William de Barros Moysés e o Cap PM Rogério Said, todos pertencentes ao efetivo do Grupamento de Radiopatrulha Aérea da Polícia Militar de São Paulo, concluíram o treinamento de emergências em voo IFR, desenvolvido em simulador de voo da aeronave EC135, com ênfase nas fases críticas do voo IFR.
Algumas das emergências simuladas são impossíveis de serem treinadas em condição real, quer pelo risco ao equipamento, quer pelo risco à integridade dos pilotos. Foram simuladas as mais diversas possibilidades de panes na aeronave, desde as monomotoras na transição do voo visual para o voo por instrumentos, fogo em IMC, até a autorotação partindo de 9.000 pés, em condições meteorológicas degradadas, culminando no pouso em terreno com 50 pés de teto.
Outro ponto interessante do curso é que o simulador está instalado dentro das dependências do fabricante da aeronave e o instrutor faz parte do quadro de pilotos da empresa, ou seja, o treinamento e todas as possibilidades são exploradas ao máximo, fruto de uma expertise criada pela própria localização, aliada a uma rica troca de informações com outras tantas organizações policiais que para lá enviam seus pilotos.
Em relatório do CENIPA, expedido em 2012, com 53,9%, o principal fator contribuinte no acidentes que envolveram a aviação civil entre os anos de 2002 e 2011, foi o julgamento.
O somatório de fatores favoráveis de se realizar treinamento em ambiente virtual resulta, indiscutivelmente, em segurança e aprimoramento do julgamento. É inegável que um piloto que tenha tido a possibilidade de identificar panes impossíveis de serem treinadas em aeronaves reais e praticar as “ações imediatas” previstas nos manuais de voo, terá uma chance maior de manter a integridade física dos ocupantes da aeronave, do que um piloto que não tenha recebido tal treinamento.
Esses pilotos do GRPAe, além de terem tido a oportunidade de exercitar seus reflexos na posição de primeiro em comando, puderam trabalhar como segundo em comando e vice-versa. Ou seja, outro benefício alcançado foi de poder exercitar o CRM em condição de alta carga de trabalho na cabine. Ressalta-se que o padrão de atuação em conjunto, desenvolvido no treinamento, foi alvo de elogio por parte do instrutor, demonstrando que o GRPAe da PM de São Paulo está no caminho certo ao que se refere ao CRM.
Para as aeronaves mais complexas, o GRPAe tem adotado treinamento em simulador de voo com full motion, demonstrando a participação ativa da organização na mitigação de um possível julgamento errôneo por parte de suas tripulações, com conseqüente preservação da vida e do patrimônio.
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