Padronização dos Indicadores de Gestão na Aviação de Segurança Pública
23 de maio de 2012 2min de leitura
23 de maio de 2012 2min de leitura
MARCUS VINICIUS BARACHO DE SOUSA
Há bastante tempo, a aplicação da Gestão pela Qualidade na Aviação de Segurança Pública enfrenta algumas dificuldades em se medir o valor do serviço prestado por suas aeronaves. Especialistas em gestão afirmam que sem medição e controle não há gerência. No setor de aviação, a eficiência, segurança e aplicação responsável dos recursos dependem de uma boa administração.
A implantação e a utilização de indicadores de gestão, como forma de medir a gestão dos recursos públicos, investidos na OASP (Organização Aérea de Segurança Pública) é com certeza uma prática positiva, estabelecendo a medição do desempenho da OASP e indicando um comprometimento com uma gestão moderna e participativa.
No momento atual brasileiro, é tempo de planejar a padronização dos indicadores de gestão nas OASP. A justificativa dessa proposta é a necessidade de se estabelecer referenciais comparativos ou “benchmarks” para todas as OASP.
Guardadas as diferenças de um Estado para outro, a aplicação e a gestão da aeronave (asa fixa ou rotativa) na Aviação de Segurança Pública é praticamente a mesma . Alguém que for salvo em uma enchente, por um helicóptero da Polícia Militar de São Paulo, terá sensação diferente daquele for salvo lá no Rio de Janeiro ou na Bahia? O valor agregado a esse serviço, por exemplo, será o mesmo, talvez a forma de medir seja diferente e é esse aspecto que deve ser discutido.
Estabelecer indicadores de gestão para todas as OASP significa facilitar o entendimento do trabalho que é prestado e viabilizar o retorno (frutos) de tudo que está sendo investido para o crescimento desse setor, não importando em que ponto do país o serviço é realizado, se é municipal, estadual ou federal. Possibilitará um histórico comum, traçando um caminho prático e impedindo que novas OASP cometam erros que já foram cometidos pelas que vieram primeiro. Seria como “globalizar” a gestão da Aviação de Segurança Pública no País.
Esses indicadores padronizados também permitirão verificar o quanto as Organizações conseguem se diferenciar no setor em que atuam cumprindo seus planos e estratégias definidas. Assim poderá ficar claro que ter mais aeronaves ou consumir mais horas de voo pode não significar ser mais eficiente ou estar se desenvolvendo. Também, conhecer o que o seu “vizinho” está fazendo facilita a gestão, pois o caminho está traçado, é só seguir a trilha.
O autor é Capitão da Polícia Militar de São Paulo, trabalha no Grupamento de Radiopatrulha Aérea e Comanda a Base de São José do Rio Preto.
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