Operação com a PF, no Sertão de Pernambuco, foi realizada por policiais de seis Estados e treinou agentes paraguaios. Na ocasião, a polícia erradicou 258 mil pés de maconha. 

Após dez dias de atividade no Sertão pernambucano, a Polícia Federal encerrou, na última quarta-feira, a Operação Liamba II com um somatório recorde de apreensões de maconha pronta para o consumo. No total, os agentes federais impediram de entrar em circulação 1,7 tonelada da droga. Além disso, foram erradicados 258 mil pés e 401 mil mudas da erva.

A Operação Liamba II contou com 100 policiais federais de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Sergipe e do Maranhão. O efetivo teve o apoio de três helicópteros (dois da Coordenação de Aviação Operacional da Polícia Federal e um do Grupamento Tático Aéreo da Secretaria de Defesa Social).

Durante a operação, agentes da polícia paraguaia receberam treinamento para realizar ações semelhantes no seu país de origem, que vem se destacando como um dos maiores produtores de maconha na América do Sul.

Os plantios erradicados estavam nos municípios de Cabrobó, Belém do São Francisco, Orocó, Santa Maria da Boa Vista, Floresta, Carnaubeira da Penha e Salgueiro. Várias roças foram encontradas nas ilhas do Rio São Francisco.

De acordo com a assessoria de comunicação da Polícia Federal, a estratégia empregada no combate ao plantio de maconha em Pernambuco consiste em causar seguidos prejuízos aos traficantes. Em fevereiro, ocorreu a Operação Liamba I, que erradicou 220 mil pés e 245 mil mudas da erva e apreendeu 52 quilos prontos para o consumo.

Com uma nova investida em três meses, a PF acredita ter conseguido evitar que os traficantes tenham tido tempo de se recuperar e colher uma nova safra. Os proprietários das fazendas onde foram encontradas roças de maconha vão enfrentar processos de expropriação movidos pela Advocacia Geral da União. A legislação brasileira prevê a perda da terra para quem plante ou permita o cultivo de maconha em suas propriedades. Técnicos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) participaram da operação e forneceram os registros de imóvel rural dos suspeitos.

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Fonte: Jornal do Comércio, de 29 de Maio de 2010, Caderno Cidades, Pag 2.