Operação aérea garante transplante de coração para catarinense
23 de outubro de 2013 1min de leitura
23 de outubro de 2013 1min de leitura
“Bom dia, comandante Djalma. A paciente que transplantei o coração ontem já está acordada da anestesia e tomou um leve café da manhã na UTI hoje, sentada no leito. Parabéns pelo seu esforço.” A mensagem enviada pelo médico Frederico Di Giovanni ontem era o aviso de missão cumprida. Há 22 anos na Polícia Civil, o delegado Djalma Alcântara foi o piloto do helicóptero que transportou um coração do Hospital São José, em Joinville, até o pátio de um posto de combustível na BR-101, próximo ao acesso da BR-470, em Piçarras.
Nebulosidade excessiva impediu que a aeronave chegasse ao destino, o Hospital Santa Isabel, em Blumenau, onde Eva, 38 anos, aguardava pelo órgão na manhã da última quinta-feira. Quando transplantado, um coração pode ficar cerca de quatro horas entre o doador e o receptor e faltava em torno de 50 quilômetros até o Centro de Saúde. Ainda em Joinville, Alcântara previa não concluir o trajeto e acionou uma ambulância.
– Não tinha mais como avançar sem colocar em risco a tripulação e tivemos que pousar no posto, longe da ambulância. Começou uma corrida contra o tempo – conta Alcântara.
Ele procurou o gerente, Joilso Ribeiro, que se prontificou a levar em seu carro o órgão e os dois médicos até a unidade móvel de saúde. Enquanto preparavam o carro, Ribeiro comentou que a esposa de um funcionário estava aguardando o transplante de coração. Era Eva, mulher de Osni.
O carro encontrou a ambulância que levou a equipe até o hospital. No trajeto do posto de combustível até Florianópolis, o comandante foi se informando do restante da operação.
– Ficamos angustiados em saber se ia dar tudo certo. Eu pensava em me aposentar e aí vejo que ainda posso ser útil. Faz a gente refletir. Podia ser alguém da nossa família e a gente se compromete como se fosse. Espero que ela tenha saúde – disse, sem conseguir segurar as lágrimas.
Até as 20h05min de ontem, a paciente permanecia em isolamento e o hospital não havia se manifestado sobre o caso.
Fonte: Diário Catarinense
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