O “Dia do Policial Militar Feminino” é comemorado anualmente no dia 12 de maio e foi instituído pela Lei 11.249, de 4 de novembro de 2002, oriunda do projeto de lei número 282/2001, do então Deputado Cabo Wilson Morais.

Atualmente, mais de 10 mil mulheres trabalham na Polícia Militar de São Paulo nas mais diversas áreas, dentre elas, no policiamento ostensivo, trânsito, bombeiro, choque, policiamento rodoviário, ambiental, policiamento com apoio de motocicletas ou bicicletas, policiamento escolar, corregedoria, assessoria policial militar e no radiopatrulhamento aéreo.

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Mulheres que pilotam os helicópteros Águia da Polícia Militar. Na foto a Tenente Larissa e Tenente Natália.

O Grupamento de Radiopatrulha Aérea (GRPAe) da Polícia Militar de São Paulo possui em seu efetivo mulheres que exercem funções na administração, no voo, na saúde, na manutenção de aeronaves, e se dedicam para que pessoas possam ser salvas e a sociedade protegida.

Dentre elas se destacam as quatro primeiras policiais militares que pilotam os helicópteros Águia da Polícia Militar, as Tenentes Natália, Lara, Mayara e Larissa.

A Tenente Lara foi a primeira a pilotar os Águias, em seguida foi a vez das Tenentes Natália e Mayara e mais recentemente aprovada no concurso, a Tenente Larissa Fidelis Aguiar. Hoje o GRPAe com quatro mulheres pilotando os helicópteros Águia.

“Gostaria de agradecer a todas as policiais militares do efetivo do GRPAe pelo empenho e dedicação constante ao realizar as missões pertinentes às suas especializações. Temos a presença de policiais femininas em todos os segmentos dessa valorosa unidade aérea. Do apoio logístico e administrativo à atividade fim! Muito obrigado e parabéns pelo seu dia!”, disse o Cel PM Carlos Eduardo Falconi, Comandante da Aviação da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Passados 62 anos, desde as “13 mais corajosas” de 1955, hoje nossas policiais militares, não só continuam honrando esse título, como também o aperfeiçoam em todos os sentidos. Se no começo tinham a missão de auxiliar mulheres e crianças, hoje atuam em todas as Unidades da Polícia Militar.

Mulheres que pilotam os helicópteros Águia da Polícia Militar.

Mulheres que pilotam os helicópteros Águia da Polícia Militar. Na foto a Tenente Larissa e Tenente Natália.

Conheça a história da Policial Feminina.

Foi na década de 1950 que surgiu a ideia de empregar mulheres em missões policiais no Brasil, com o intuito de sanar lacunas existentes na organização policial.

Ao observar a inclusão de mulheres no contingente policial em vários países da Europa e nos EUA, constatou-se que a mulher seria mais indicada para atender certas ocorrências no setor de segurança pública, como, por exemplo, a prostituição e a delinquência juvenil.

Em 1953, Hilda Macedo, assistente da cadeira de criminologia da Escola de Polícia, cujo titular era o professor Hilário Veiga de Carvalho, defende a igual competência de homens e mulheres ao apresentar, no I Congresso Brasileiro de Medicina Legal e Criminologia, uma tese sobre a Polícia Militar, onde escreve: “a criação da Polícia Feminina é, pois, de se aconselhar formalmente, sendo encomiástico um voto para seu imediato estabelecimento consubstanciando uma corporação que formará harmonicamente ao lado de seus irmãos, os policiais, para o melhor cumprimento da lei de da manutenção da ordem, dentro dos ditames da compreensão, do auxílio e da bondade”.

Mulheres que trabalham em todas áreas da Polícia Militar, salvando e protegendo a sociedade.

Mulheres que trabalham em todas áreas da Polícia Militar, salvando e protegendo a sociedade.

Em 1955, o governador do Estado, Jânio Quadros, encarregou o diretor da Escola de Polícia, Walter Faria Pereira de Queiroz, de estudar a criação em São Paulo de uma polícia feminina.

Em 12 de maio de 1955, sob o Decreto 24.548 , institui-se, na Guarda Civil de São Paulo, o corpo de Policiamento Especial Feminino e, na mesma data, Hilda Macedo tornou-se a primeira comandante do Policiamento Especial Feminino.

Em 26 de maio do mesmo ano, publicou-se o Decreto 24.587 , o qual relacionava os requisitos para o ingresso no Corpo Especial. Dentre as 50 candidatas, 12 foram selecionadas para a Escola de Polícia, para um curso intensivo de 180 dias. As 12 mulheres escolhidas e sua comandante foram chamadas “as 13 mais corajosas de 1955”.

Estava criada, assim, a primeira Polícia Feminina do Brasil, pioneira também na América Latina, sendo-lhe atribuídas as missões que melhor se ajustavam ao trabalho feminino conforme as necessidades sociais da época: a proteção de mulheres e jovens. Hoje atuando em todas as atividades policiais.

Conheça a rotina do Grupamento Aéreo: