Já pensou na tecnologia de um pneu aeronáutico?
21 de setembro de 2016 1min de leitura
ROBERTO APIO PULLIG
Consultor Técnico de Manutenção
ANAC 834291
Já pararam para pensar na tecnologia de um pneu aeronáutico, e quais cargas a ele é submetido?
Diferentemente dos pneus que utilizamos nos nossos carros, os pneus aeronáuticos sofrem grandes variações de “pressão” devido a mudança de altitude (do nível do mar até 45.000 ft), “temperatura” ( de – 50º C até cerca de +260º C, e uma aceleração de 0 a 260 km por hora em décimos de segundo).
Também são submetidos a grandes “esforços mecânicos” que aumentam em muito a pressão interna (Ex: toque no solo de um B-747 com cerca de 300 toneladas de peso por exemplo).
Daí um dos motivos pelos quais os pneus aeronáutico são abastecidos com “nitrogênio”, um gás inerte que não possui umidade para que não haja alterações químicas quando exposto à baixas temperaturas, bem como não sofra grandes dilatações quando submetido às expansões térmicas nos pousos, pelo aquecimento dos conjuntos dos freios, e também para que não propague fogo, além de não promover corrosão nos cubos das rodas.
Os pneus também devem possuir tecnologia para que seja evitada a aquaplanagem (camada de água formada entre o pneu e o solo) por meios de sulcos projetados com esta finalidade, nos dias de fortes chuvas.
Pneus de última geração possuem inclusive um coeficiente de condutibilidade que auxiliam o descarregamento de eletricidade estática acumulada na fuselagem durante o voo, “aterrando” a aeronave quando chega ao solo.
Pois bem, diferentemente dos pneus utilizados na fórmula 1 que toleram “grandes velocidades” mas sofrem pouca “carga”, e os utilizados nas grandes máquinas que suportam “grandes esforços” mas abominam “velocidade”, o pneu de aviação deve conciliar basicamente estas duas condições.
Esta é a chave da sua versatilidade!
Enviar comentário