Incêndios florestais no Chile contidos com a ajuda de drones
25 de junho de 2019 5min de leitura
25 de junho de 2019 5min de leitura
O Chile vivenciou um devastador começo de 2017. Entre janeiro e fevereiro, vários incêndios florestais varreram as regiões centrais de Coquimbo, Los Lagos, O’Higgins, Maule e Biobío, assim como a província sulista de Magallanes. 587 mil hectares de terra foram devastados, incluindo as propriedades de milhares de pessoas. Eventualmente, a catástrofe foi categorizada pelo governo central como “um dos maiores desastres já enfrentados pelo país”.
Bombeiros que trabalharam incansavelmente no local atribuíram o fato do incêndio ter se espalhado rapidamente ao que se conhece como “fator 30-30-30”.
Isso acontece quando a temperatura está acima de 30 °C, a umidade é de cerca de 30% e os ventos por volta de 30 km/h. As condições climáticas apenas pioraram quando uma temperatura intensa de 44,9 °C foi registrada em 26 de janeiro de 2017.
Embora vários departamentos do corpo de bombeiros terem colaborado para conter o incêndio, as chamas continuaram a avançar.
DroneSAR Chile, a primeira ONG formada por operadores de drones voluntários chilenos, ofereceu seus serviços de resposta à emergência. O que o corpo de bombeiros precisava era de suporte aéreo, providenciado através de imagens térmicas, transmissões de vídeos ao vivo e telemetria. Mauricio Tapia, diretor da DroneSAR Chile, liderou a ocorrência, oferecendo equipamentos da DJI como os drones Phantom e Inspire. A DroneSAR Chile venceu a Premiação Humanitária AUVSI XCELLENCE por seu trabalho.
Incêndios florestais abrasadores percorreram 10 regiões, expondo pessoas e suas propriedades a um grande risco. Quando o corpo de bombeiros entrou em ação, o incêndio já havia tomado uma enorme proporção e estava se espalhando de forma perigosa a um novo território.
A DroneSAR Chile auxiliou o corpo de bombeiros e a brigada de incêndio florestal que estavam em comando, e juntos foram capazes de reunir mais de 25 operadores, usando principalmente o DJI Phantom 3 e 4 drones.
Pela primeira vez em uma missão crítica emergencial, comandantes do corpo de bombeiros e da brigada de incêndio confiaram na tecnologia de imagens térmicas para dar continuidade em operações noturnas.
Corpos de bombeiros em diferentes regiões foram capazes de coletar informações valiosas, o que fez com que tomassem decisões mais seguras e reduzissem quaisquer riscos para si mesmos e para sua equipe.
Também permitiu que priorizassem áreas mais quentes, minimizando os danos aos civis e ao ecossistema. Voluntários da DroneSAR Chile tem como base Constitución, onde conduziram pesquisas em fotogrametria com o Phantom 4 para obter informações críticas sobre a região.
Sem dúvidas, o uso de drones concedeu recursos adicionais à equipe do corpo de bombeiros em um momento no qual recursos estavam se tornando escassos. Esta façanha proporcionou um reconhecimento e maior entendimento da tecnologia UAS.
Um novo despertar
O uso de drones ofereceu novas habilidades às equipes de resposta a emergências. Pela primeira vez, bombeiros foram capazes de analisar incêndios em várias regiões de modo forense. Isto ajudou a equipe a determinar a origem do incêndio, por onde estava se espalhando e qual seria a melhor maneira de contê-lo.
Após este incidente, a percepção geral de drones mudou para melhor, já que mais pessoas perceberam o quão vantajosa a tecnologia UAS é durante emergências.
Consequentemente, a DroneSAR Chile expandiu significativamente e sua competência passou a ser solicitada com frequência por várias agências de segurança pública.
“Várias empresas de combate a incêndio, incluindo algumas em Chillán, Ñuble, Ñuñoa e Santiago, nos convidaram para falar sobre o uso de drones em situações emergenciais”, comentou Mauricio Tapia. “Também ajudamos para que possam incorporar a tecnologia de drones em seus departamentos”.
Juntamente com o governo chileno, estes mesmos corpos de bombeiros assinaram um acordo oficial com a DroneSAR Chile, permitindo que usassem seus serviços e equipamentos de drones durante missões de busca e resgate e de combate a incêndios.
A DroneSAR Chile também deu treinamentos práticos a outras equipes de busca e resgate, como a LATAM, ajudando-os a criar seus próprios programas UAS.
O fato de que a tecnologia de drones oferece maior flexibilidade em campo no setor de segurança pública já foi amplamente difundido na América Latina. Seja para a obtenção de imagens térmicas, ter acesso a áreas compactas ou navegar tranquilamente por terrenos desnivelados.
Lições que aprendemos:
A expansão gradual da DroneSAR Chile é um excelente exemplo de como programas UAS estão remodelando o setor de segurança pública. Para saber mais sobre estas parcerias, leia nosso Livro Branco DJI Enterprise.
Os drones estão mudando drasticamente como as agências do governo atendem ao público. Enquanto drones conquistaram seu lugar na segurança pública, entidades e corporações governamentais vêm explorando seu uso em outras áreas, desde transporte e obras públicas ao planejamento e missões ambientais.
Para obter mais informações sobre como instituir um programa com drones e aprender sobre as melhores práticas a serem levadas em conta ao avaliar como drones podem auxiliar sua comunidade, baixe este relatório completo.
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