Identifique-se, voe na rota. Não seja seu próprio inimigo
06 de dezembro de 2012 2min de leitura
06 de dezembro de 2012 2min de leitura
O fato de uma decisão dar certo ao final, não significa que ela foi correta. Em alguma das vezes que você voar fora da rota, alguém que teve a mesma ideia poderá colidir com sua aeronave.
No espaço aéreo não controlado, a responsabilidade de manter as aeronaves separadas passa a ser exclusivamente dos pilotos em comando. O não cumprimento da regulamentação aeronáutica é frequente nas investigações e, muitas vezes, com desfecho catastrófico.
O transponder é um dos componentes que o piloto tem a bordo para evitar uma colisão e é um auxiliar do serviço de tráfego aéreo, que ajuda a manter a separação das aeronaves. A maioria das aeronaves da aviação geral está equipada com este componente que, quando identificado, responde às interrogações, tanto do serviço radar, quanto das aeronaves equipadas com o “TCAS (Traffic collision avoidance system)”. Instalado como tímido coadjuvante no painel frontal da cabine, quando ligado pode assumir papel fundamental na segurança.
Além do transponder, existe ainda o primeiro e talvez mais utilizado componente que auxilia o piloto em um voo seguro: seus olhos. A maioria das informações que absorvemos todos os dias passa através deles. Então, conhecer suas limitações passa a ser questão de sobrevivência.
O piloto estará limitado aos engodos provocados pelo meio no qual voa, mesmo com boa acuidade visual. Neblina, horizonte escurecido, posição do Sol e voo sobre água são exemplos de situações que aumentam a dificuldade de ver objetos à distância. Além das condições atmosféricas, temos a idade, fadiga e possível álcool residual no sangue, que também desfavorecem a performance dos olhos.
Não obstante, a configuração da cabine e de seus elementos estruturais, por vezes, podem interromper a visão de um dos olhos. O cérebro necessita das informações dos dois olhos para uma boa percepção dos objetos e de um a dois segundos para ajuste da focagem. Sendo assim, estes bloqueios poderão enganar o cérebro no mensurar da distância de qualquer aeronave em conflito.
Vale ressaltar que a vigilância do céu deve ser constante, no intuito de evitar a colisão. Seja qual for a técnica de esquadrinhar o céu efetuada pelo piloto, o importante é pausar no centro de cada bloco, para permitir que o cérebro interprete a máxima realidade. Antes de cada manobra, o piloto não deve esquecer dos pontos cegos que as aeronaves possuem.
Informativo Prevenção, Edição Nº 7 – SERIPA IV
Elaboração: Suboficial Gomes.
Revisão e aprovação: Ten Cel Raul.
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