Homenagem aos Tripulantes do GAM/RJ falecidos em combate em 17 de outubro de 2009
20 de outubro de 2011 2min de leitura
20 de outubro de 2011 2min de leitura
Na madrugada de 17 de outubro de 2009, duas facções rivais entraram em guerra pelo controle do tráfico de drogas na região centro-norte da cidade do Rio de Janeiro, entre o Morros dos Macacos e do Complexo do São João e Matriz. Vários batalhões da PM foram deslocados (inclusive o BOPE e o BPChq) para o local a fim de tentar acabar com o confronto.
O número de traficantes e de armas era muito grande, portanto dois helicópteros da Polícia Militar (Fênix 02 PP-EMA / e Fênix 03 PR-EPM) foram acionados para prestarem apoio, socorrer policiais feridos no alto do morro e levar munição e suprimentos.
Depois de vários minutos de atuação no local, uma das aeronaves (Fênix 03) foi atingida simultaneamente por vários disparos de arma de fogo, de um grupo de traficantes que estava homiziado entre várias pedras no alto do morro.
O helicóptero, após atingido, pegou fogo na parte de baixo, próximo à junção do cone de cauda e teve que fazer um pouso de emergência. O piloto, Maj Marcelo Vaz, escolheu um campo de futebol de terra próximo à favela, como único local “seguro” para não ferir pessoas em terra e tentar salvar a aeronave e a tripulação.
Com o impacto do pouso, o cone de cauda que já estava danificado pelo fogo, partiu-se, fazendo a aeronave perder o controle direcional durante o pouso corrido e tombar. Com isso o combustível derramou e a aeronave virou uma bola de fogo. Dos 04 tripulantes que estavam na parte de trás da cabine, dois já estavam mortos (Cb Stadler e Cb Canazaro) atingidos pelos disparos dos traficantes, e ninguém conseguiu retirar seus corpos dos destroços, os outros 02 tripulantes, juntamente com os 02 pilotos conseguiram sair do meio das chamas.
Entretanto, um dos tripulantes (Sgt Patrício) saiu por baixo, e sua farda ficou embebida de combustível e em chamas, deixando seu corpo com 96% de queimaduras de terceiro grau e vias aéreas e veio a falecer dois dias depois, apesar de todo o esforço da equipe médica (FAB e CBMERJ) que o socorreu. O outro tripulante, Sgt Fernandes, teve boa parte do braço e da perna direita queimados, mas sobreviveu. Dos dois pilotos, o co-piloto Maj mendes foi baleado no pé e Comandante, Maj Marcelo Vaz teve a mão queimada e foi o único dos 06 à bordo, que não foi atingido por disparos ou estilhaços.
A outra aeronave, Fênix 02, pousou logo em seguida no mesmo campo de futebol para prestar socorro aos colegas. Os 03 tripulantes (Sgt Cordeiro, CB Xavier e Cb Gonçalves) e os 02 pilotos (Cmte. Sgt Afonso e co-piloto Ten Cel Ramos) atuaram bravamente, fazendo a segurança do local e socorrendo os feridos.
Texto: Daniel Queiroz.
Fonte: Youtube, via Asa Rotativa.
Enviar comentário