Hoje é o dia do “Policial Militar Feminino” de São Paulo
12 de maio de 2016 2min de leitura
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O “Dia do Policial Militar Feminino”, é comemorado anualmente no dia 12 de maio e foi instituído pela Lei 11.249, de 4 de novembro de 2002, oriunda do projeto de lei número 282/2001, do então Deputado Cabo Wilson Morais.
Atualmente, cerca de 10 mil mulheres trabalham na Polícia Militar de São Paulo nas mais diversas áreas, dentre elas, no policiamento ostensivo, trânsito, bombeiro, choque, policiamento rodoviário, ambiental, policiamento com apoio de motocicletas ou bicicletas, policiamento escolar, corregedoria, assessoria policial militar e no radiopatrulhamento aéreo.
O Grupamento de Radiopatrulha Aérea da Polícia Militar de São Paulo possui em seu efetivo mulheres que exercem funções administrativas, no voo, na saúde, na manutenção de aeronaves, na limpeza, e dentre elas se destacam quatro policiais militares, a Capitão Médica Fabiana e as Tenentes Natália, Lara e Mayara.
A Capitão Fabiana é médica e além de atuar no resgate aeromédico, ela cuida da saúde de todos os policiais do Grupamento.
As Tenentes Natália, Lara e Mayara participaram de rigorosa seleção para ingressar no Grupamento e hoje pilotam os Águias da Polícia Militar.
Conheça a história da Policial Feminina.
Foi na década de 1950 que surgiu a ideia de empregar mulheres em missões policiais no Brasil, com o intuito de sanar lacunas existentes na organização policial.
Ao observar a inclusão de mulheres no contingente policial em vários países da Europa e nos EUA, constatou-se que a mulher seria mais indicada para atender certas ocorrências no setor de segurança pública, como, por exemplo, a prostituição e a delinquência juvenil.
Em 1953, Hilda Macedo, assistente da cadeira de criminologia da Escola de Polícia, cujo titular era o professor Hilário Veiga de Carvalho, defende a igual competência de homens e mulheres ao apresentar, no I Congresso Brasileiro de Medicina Legal e Criminologia, uma tese sobre a Polícia Militar, onde escreve: “a criação da Polícia Feminina é, pois, de se aconselhar formalmente, sendo encomiástico um voto para seu imediato estabelecimento consubstanciando uma corporação que formará harmonicamente ao lado de seus irmãos, os policiais, para o melhor cumprimento da lei de da manutenção da ordem, dentro dos ditames da compreensão, do auxílio e da bondade”.
Em 1955, o governador do Estado, Jânio Quadros, encarregou o diretor da Escola de Polícia, Walter Faria Pereira de Queiroz, de estudar a criação em São Paulo de uma polícia feminina.
Em 12 de maio de 1955, sob o Decreto 24.548 , institui-se, na Guarda Civil de São Paulo, o corpo de Policiamento Especial Feminino e, na mesma data, Hilda Macedo tornou-se a primeira comandante do Policiamento Especial Feminino.
Em 26 de maio do mesmo ano, publicou-se o Decreto 24.587 , o qual relacionava os requisitos para o ingresso no Corpo Especial. Dentre as 50 candidatas, 12 foram selecionadas para a Escola de Polícia, para um curso intensivo de 180 dias. As 12 mulheres escolhidas e sua comandante foram chamadas “as 13 mais corajosas de 1955”.
Estava criada, assim, a primeira Polícia Feminina do Brasil, pioneira também na América Latina, sendo-lhe atribuídas as missões que melhor se ajustavam ao trabalho feminino conforme as necessidades sociais da época: a proteção de mulheres e jovens. Hoje atuando em todas as atividades policiais.
Com informações de JusBrasil.
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