Heliponto no Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo – o eterno descaso do governo
27 de fevereiro de 2017 1min de leitura
27 de fevereiro de 2017 1min de leitura
São Paulo – Segunda-feira à tarde. Numa empresa situada à margem da Mogi-Salesópolis, um funcionário é atingido gravemente na cabeça por um pedaço de madeira. Pela gravidade do caso, um helicóptero Águia da Polícia Militar é acionado para promover o socorro de urgência.
O aparelho traz o acidentado, em estado gravíssimo, para o Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo, principal referência para casos de emergência na Cidade de Mogi das Cruzes e Região. Só que ao chegar na Vila Mogilar, onde fica o hospital, o piloto descobre que não existe um local adequado para aterrissagem junto ao Pronto-Socorro.
E enquanto não se decide para onde levar a vítima, o helicóptero sobrevoa por algum tempo o entorno do hospital até que chega a ordem para que ele desça junto à sede do Corpo de Bombeiros.
Uma ambulância do Samu é chamada e a vítima, que já poderia estar recebendo atendimento médico, ainda precisa ser transportada até o hospital para receber o socorro definitivo.
O fato ocorrido no início desta semana não é o primeiro. E certamente não será o último, enquanto a Secretaria de Estado da Saúde não cumprir o que já prometeu: a instalação de um heliponto junto ao Pronto-Socorro, onde o helicóptero que faz o atendimento aéreo possa aterrissar com rapidez e segurança.
Na área próxima do PS do Luzia já existiu um ponto de pouso – fora das regras exigidas pela ANAC, vale dizer –, com uma cruz dentro de um círculo branco, onde pousos chegaram a acontecer. O local, entretanto, foi simplesmente desativado e, em sua área, implantado um estacionamento pago para carros e motos.
Em lugar de regularizar o que já existia precariamente, optou-se pelo mercantilismo barato. Melhor faturar merrecas que se preocupar em salvar vidas.
Que o episódio desta semana sirva, portanto, como exemplo para abrir os olhos das autoridades do governo estadual. Um hospital que se jacta de ser um centro de alta tecnologia para doenças cardíacas, coronárias e atendimento a acidentes precisa dar atenção à logística.
E um heliponto, em tempos modernos, é o mínimo que se pode esperar de um centro médico tão importante quanto o Luzia de Pinho Melo.
Com a palavra, nossas autoridades.
Fonte: O Diário de Mogi.
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