Rio Grande do Sul – O inconfundível ruído das hélices dos helicópteros do Batalhão de Aviação da Brigada Militar tem sido ouvido com frequência pelos canoenses, graças às constantes operações integradas entre Brigada Militar (BM), Guarda Municipal, Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal, capitaneadas pelo 15º Batalhão da Polícia Militar (15º BPM).

As aeronaves que rasgam o céu de Canoas são parte importantíssima do trabalho tático dessas forças de segurança no policiamento. Foto: Divulgação.

As aeronaves que rasgam o céu de Canoas são parte importantíssima do trabalho tático dessas forças de segurança no policiamento. Foto: Divulgação.

As aeronaves que rasgam o céu de Canoas são parte importantíssima do trabalho tático dessas forças de segurança no policiamento ostensivo e no combate ao crime na cidade. Tanto que, na semana passada, 23 policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Boe) do 15º BPM participaram de um treinamento no Batalhão de Aviação da BM (BAvBM), no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre.

“São três os objetivos básicos que procuramos atingir nesses treinos, que queremos estender aos Boes em todo o Estado: que os policiais militares conheçam nossa unidade aérea, que haja troca de experiências entre os soldados que trabalham em terra e os tripulantes das aeronaves, e conhecimento das potencialidades dessas aeronaves”, explicou o comandante do Batalhão de Aviação, major Danúbio Lisboa.

Os helicópteros são muito eficientes em ocorrências como perseguição a veículos em fuga e orientação a equipes em terra. “Essas operações ganham em agilidade. São instrumentos importantes no combate ao crime, e os PMs do Boe ficaram satisfeitos em participar do treinamento. Agora, têm maior noção de como podem ser ajudados”, opinou o capitão em Canoas, Aruã Belaver.

Helicópteros ajudam nas operações integradas em Canoas. Foto: Divulgação.

Helicópteros ajudam nas operações integradas em Canoas. Foto: Divulgação.

Fuga de filme em assalto no Mathias

Belaver lembra-se de uma situação recente em Canoas na qual o uso do helicóptero foi decisivo: uma ocorrência em que um brigadiano de folga reagiu a um assalto no bairro Mathias Velho e disparou contra o assaltante. O criminoso fugiu, mas o carro em fuga foi acompanhado pelo helicóptero. “Lá de cima a aeronave ‘vê’ tudo. É impossível um carro em fuga desaparecer”, esclareceu o soldado do Boe Gilciomar Mânica.

No treinamento, além de conhecer as aeronaves e os colegas que as tripulam, os policiais militares aprenderam a embarcar e a desembarcar em helicópteros em movimento – o que representa um ganho enorme em rapidez na hora das ações. “Garante mais segurança quando se tem de atuar num banhado, no mato ou numa várzea”, explicou o major Lisboa, que também pilota os helicópteros.

15º BPM participaram de um treinamento no Batalhão de Aviação da BM (BAvBM). Foto: Divulgação.

15º BPM participaram de um treinamento no Batalhão de Aviação da BM (BAvBM). Foto:
Divulgação.

Fator psicológico é importante

Normalmente tripulado por três ou quatro PMs com armas longas, além do piloto e do copiloto, o helicóptero dispõe de tecnologia adaptada às necessidades do trabalho policial. A bordo da aeronave, piloto e copiloto trocam informações com o pessoal em terra.

“O treinamento que fizemos foi muito importante porque esclareceu para quem está no ar e quem está em terra as melhores maneiras de se comunicar para facilitar o trabalho conjunto. É preciso que o pessoal em terra de indicações baseadas em pontos de referência fáceis de identificar por parte de quem está no sobrevoo, por exemplo: ‘Próximo à BR-116, ou à Ulbra’”, disse o major Lisboa.

Outro ponto importante que explica a presença das aeronaves nas operações policiais é o fator psicológico. “Chamamos de ativador psicológico, e funciona positivamente (a favor do PM, que sabe que está protegido) e negativamente (contra o criminoso, que sabe que está sendo visto)”, disse Lisboa. “Para o policial, em desfavor do bandido, o helicóptero representa uma demonstração de força, supremacia”, acrescenta Belaver.

Fonte: Diário de Canos – DC, por Diego Figueiras.