Acre – A aeronave do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) da Segurança Pública está de volta aos ares acreanos. Ontem, o Hárpia 01 deu seu primeiro sobrevoo, após o período em que esteve baixada em decorrência da troca completa das pás do rotor principal, além de uma manutenção de rotina após 600 horas.

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“Nos próximos dias, vamos buscar conciliar as ações de combate às queimadas e preservação ambiental dentro da operação 7 de Setembro, além de reforçar as ações policiais em todo o Acre”, disse o subcoordenador do Ciopaer, Nayck Trindade.

Causado por desgaste decorrente de pousos e decolagens em áreas restritas (com areia e pedriscos), as pás do Hárpia 01 precisaram ser trocadas. Segundo o subcoordenador do Ciopaer, devido à ausência de empresas do setor no Acre e em estados vizinhos, foi necessário transportar os equipamentos em caminhão fretado até Minas Gerais. A burocracia dos procedimentos legais para tal serviço, bem como a greve dos caminhoneiros, atrasaram a demanda.

“Mas, durante este período em que a aeronave estava baixada, estivemos realizando treinamentos, além da participação todas as noites nas operações Visibilidade, que tem como foco a presença policial nas ruas e assim inibir a criminalidade. Agora, seguiremos colaborando mais ainda com nossas atividades aéreas”, completou Nayck Trindade.

Aniversário de 9 anos

Seja no patrulhamento policial ou na prestação de socorro e resgate aéreo, além do apoio às ações de defesa civil e ambiental, a tripulação do Hárpia 01 está sempre à disposição.

Em 11 de setembro de 2009, o Centro Integrado de Operações Aéreas da Segurança Pública foi criado pelo governo do Estado por meio do decreto estadual nº 4.564. Desde então, foram 2.463 horas de voo, entre patrulhamentos e ações de defesa civil, proteção ambiental e saúde. Só chamados de resgates e buscas a pessoas, por exemplo, foram 300 voos.

Um mecânico a caminho

Durante 4 anos, o sargento da Polícia Militar Raiele Barbosa estudou para se tornar o primeiro mecânico das forças de Segurança Pública do Acre. Composta por 4 cursos divididos em módulos que vão desde os motores, estruturas à parte eletrônica das aeronaves, a formação é complexa e exige muita dedicação.

“Comecei por conta própria e decidi investir nisso. Depois recebi o apoio do Estado. Concluí em maio deste ano todas essas formações. Após 4 anos de estudos, fiz a prova e me credenciei junto à ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) e agora tenho a licença completa. Além da satisfação pessoal de realizar um sonho, é um privilégio poder contribuir com essa área tão importante para o serviço público”, explicou Barbosa.

A cada sete dias ou dez horas de voo, é necessário que a aeronave passe por uma inspeção assinada por um mecânico. Manutenções de 100 horas de voo poderão ser feitas por esse profissional.

A ausência na Região Norte de empresas especializadas do ramo aeronáutico, mais especificamente para helicópteros, e a burocracia da administração pública, são duas das maiores dificuldades sempre quando é necessária uma manutenção no Hárpia 01.

Agora, com a possibilidade de ter um mecânico à disposição do Centro Integrado de Operações Aéreas, o Estado pode economizar com o custeio e a manutenção do helicóptero, o que acarreta em mais segurança para os voos e menos tempo com a aeronave baixada.

Fonte: Página20