Helicóptero da PM salva vidas e aumenta a segurança no Litoral paranaense
02 de março de 2014 4min de leitura
02 de março de 2014 4min de leitura
Paraná – Silvio de Araújo e Fernando dos Santos foram salvos graças à agilidade no atendimento propiciada pelo uso da aeronave. O serviço faz parte das inúmeras ações ofertadas pelo governo estadual na Operação Verão. Desde o início da temporada, em 20 de dezembro de 2013 e até a primeira quinzena de fevereiro, já foram realizadas 104 missões, entre buscas, salvamentos e ações policiais, e 60 transportes aeromédicos. desta temporada
O taxista Sílvio de Araújo, 75 anos, foi vítima de um sequestro na praia de Guaratuba, em janeiro. “Os sequestradores pediram uma corrida e, quando chegamos em um lugar deserto, me prenderam no porta-malas, mas esqueceram de me revistar e eu fiquei com um celular no bolso”, conta Sílvio. Com o aparelho, ele discou para o número 190 da Polícia Militar. “Tentaram me encontrar, mas não conseguiram. Quando acionaram a equipe do helicóptero, me acharam em menos de dez minutos”, afirmou o taxista.
O uso do helicóptero para buscas, salvamentos, ações policiais e serviços aeromédicos no Litoral do Paraná é uma das ações ofertadas pelo Governo do Estado na Operação Verão, que reúne uma série de ações do governo nas áreas de segurança, saúde, meio ambiente, energia, saneamento e turismo para atender aos moradores e os veranistas durante toda a temporada. O helicóptero é usado pelo Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA). Desde o início da Operação Verão, em 20 de dezembro de 2013 e até a primeira quinzena de fevereiro, já foram realizadas 104 missões, entre buscas, salvamentos e ações policiais, e 60 transportes aeromédicos.
O coordenador da Operação Verão na Secretaria da Saúde, Vinicius Filipak, explica que o transporte aeromédico leva pessoas para os hospitais do Litoral, principalmente o Hospital Regional de Paranaguá e para o Centro de Afogados em Matinhos – unidades referências no Paraná. “Realizamos todo tipo de atendimento e emergência, como acidentes de trânsito, agressões com vítimas graves, afogados e até a transferência de pacientes a hospitais”, disse Filipak. A aeronave é tripulada por uma equipe médica, além dos bombeiros e policiais.
A aeronave usada no Litoral faz parte da frota formada por quatro helicópteros do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas. Um deles tem base em Londrina e três em Curitiba (sendo um agora deslocado para o Litoral). Especificamente para os serviços aeromédicos, o governo estadual disponibiliza um avião de UTI Móvel, que atende a todo o Estado, e um helicóptero, baseado na região Oeste. Além disso, 70% dos deslocamentos dos demais três aviões e um helicóptero da frota estadual são para atendimento de emergência no Estado. O governo estadual tem, também, convênio com mais um helicóptero para transporte de paciente na região de Curitiba.
SALVO PELA AGILIDADE – A rapidez no atendimento proporcionada pelo uso do helicóptero salvou a vida de Fernando dos Santos, de 17 anos, que caiu em um buraco no rio da Baía dos Pescadores, no bairro Mirim, em Guaratuba. “Os médicos disseram que eu estava com grau 4 de afogamento e se não fosse o trabalho de resgate eu teria morrido. Ele foi bem útil pela rapidez com que eu cheguei no hospital”, contou Fernando.
Fernando foi levado pelos bombeiros ao Hospital 24 Horas e transferido para o Hospital regional do Litoral, em Paranaguá. A mãe de Fernando, Débora Prestes dos Santos, agradeceu a rapidez dos bombeiros e o transporte. “Meu filho saiu quase morto daqui e só foi salvo pela rapidez deles”, disse.
O comandante da aeronave, major Júlio Cesar Pucci, ressalta que o transporte de uma vítima de Guaratuba ou Matinhos ao Hospital de Paranaguá – unidade que atende casos de maior complexidade – pode demorar de 45min a 1h30min por transporte rodoviário. De acordo com ele, com o helicóptero uma vítima de afogamento pode ser encaminhada ao hospital por, no máximo, 12 minutos. “Essa primeira hora no caso clínico é muito importante para a reabilitação. Quanto mais rápido chegar ao hospital, mais rápido é o atendimento e essa rapidez é fundamental para se evitar sequela”, afirmou Pucci.
REFORÇO – Além do hospital regional, os profissionais contratados pelo Estado também reforçam o serviço do Samu e do Siate, das unidades de saúde da Ilha do Mel (Paranaguá), Guaraqueçaba, Antonina, Morretes, Pontal do Paraná, e dos prontos-socorros e hospitais de Guaratuba e Matinhos. O centro de afogados de Matinhos já atendeu 15 vítimas de afogamento. Foram pacientes de risco leve e moderado que precisavam ser estabilizados após os primeiros socorros. Pacientes graves são encaminhados diretamente ao Hospital Regional do Litoral, que conta com suporte de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Esse transporte é realizado pelo helicóptero. Além disso, o Estado deslocou seis ambulâncias para apoiar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). São cinco ambulâncias de remoção e duas UTIs móvel. Segundo o secretário estadual da saúde, o reforço nos serviços de saúde e no sistema de resgate continua até o Carnaval. “Com a experiência de outras temporadas, concentramos mais plantões extras nos finais de semana e feriados. Por isso, montamos uma estrutura ainda maior para o carnaval”, informou Caputo Neto.
Enviar comentário