Espirito Santo – A simulação de uma ocorrência com refém em presídio foi a atividade prática dos alunos do 4º Curso de Negociação de Crise com Reféns, realizado pelo Batalhão de Missões Especiais (BME) da Polícia Militar do Espírito Santo nesta segunda-feira (12/11). O treinamento aconteceu no prédio desativado do Instituto de Readaptação Social (IRS) na Glória, em Vila Velha, às 9 horas.

Durante a simulação, os 28 alunos que participam do curso, entre eles, militares capixabas, de Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso, Bahia, Pernambuco, Alagoas, Rondônia e um policial federal, foram acompanhados por policiais da unidade. Com a capacitação, novos policiais estarão aptos ao atendimento de ocorrências desse gênero no Estado.

Na simulação foram utilizadas armas, granadas e um helicóptero “Harpia” do NOTAer para criar uma situação real. Segundo o Tenente Coronel Alexandre Ramalho, para negociar com os presos e liberar os reféns, a psicologia é fundamental no treinamento. “É um momento de tensão. Durante o curso, eles tiveram aulas que direcionassem e diminuíssem o nível de estresse, para tentar o diálogo com um grupo de presos”, conta.

“Percebemos que o curso de gerenciamento de crise desenvolvido pelo BME tem se tornado referência no Brasil, devido à grande procura por policiais de outros Estados. A grade disciplinar é bem abrangente, com muita atividade prática, e a simulação de uma ocorrência com refém irá mostrar o desempenho de cada um, o seu potencial, além de servir como avaliação dos conteúdos aplicados. Os militares capixabas formados neste treinamento irão compor a equipe de negociadores do BME”, disse o tenente coronel Alexandre Ramalho, comandante da unidade.

Durante a simulação, os alunos contaram com um novo recurso adquirido este ano pelo BME, que tem auxiliado o trabalho em ocorrências com reféns. Trata-se do Posto de Comando Móvel, um veículo equipado com salas de comando e de reunião, computadores e televisão que permite uma estrutura adequada para atuar no atendimento das ocorrências.

O curso

O curso conta com disciplinas teóricas, tais como, aspectos jurídicos sobre negociação de crises com reféns, inteligência policial aplicada em negociação de crises com reféns, noções básicas de gerenciamento de crises, psicologia aplicada ao processo de tomada com reféns, noções de psicologia forense, psicologia do conflito, técnicas e táticas de negociação, estudo de caso, noções de técnicas não letais, prática de negociação, entre outras.

Gerenciamento de crise

Desde 2010 o Batalhão de Missões Especiais (BME) atendeu a oito ocorrências com reféns, onde a negociação foi necessária para libertar as vítimas ilesas e deter os criminosos. Em 2012, apenas três ocorrências foram registradas.

Fonte: PMES e Folha Vitória.