Helicóptero Aeromédico à disposição para salvar vidas no DF
24 de abril de 2015 3min de leitura
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Brasília (25/2/15) – Com um helicóptero equipado para prestar serviço pré-hospitalar avançado, uma equipe composta por piloto, tripulante operacional, médico e enfermeiro tem a missão de sobrevoar o Distrito Federal para atender os chamados mais graves de urgência e emergência. O serviço – batizado de Aeromédico – é prestado pelo Samu 192, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
De acordo com o gerente do Samu 192, Rodrigo Caselli, a equipe está à disposição para ser acionada nos casos mais delicados, como acidentes de trânsito em rodovias, e também faz o transporte de pacientes em estado crítico de uma unidade de saúde para outra. Só em 2014, foram atendidas 229 urgências e emergências, além de 59 transferências, totalizando 288 operações.
“A ideia do Aeromédico é ser um recurso avançado, com médico e enfermeiro, e todos os equipamentos de uma unidade avançada. A vantagem do helicóptero é a velocidade e a maior facilidade de acesso aos locais. Um transporte em que a ambulância demoraria três horas para resolver, o Aeromédico faz em meia hora”, frisou o gerente.
Segundo Caselli, no raio que compreende o interior do DF, o tempo médio de resposta varia entre 5 minutos, para os locais mais próximo da base, que é a PRF, até 20 minutos em média de espera para os pontos mais distantes, após a aeronave ser acionada.
Caselli citou que a aeronave também atua em áreas as quais as ambulâncias têm dificuldade para chegar, como uma mata fechada, por exemplo. “Outra situação é quando uma unidade básica faz o atendimento e é necessária uma unidade avançada. O helicóptero será acionado”, explicou.
EQUIPAMENTOS – No interior da aeronave, os profissionais têm acesso a quase todos os itens disponíveis em unidades de terapia intensiva móvel, como desfibrilador, respirador, bombas de infusão, todas as medicações de suporte avançado e outros itens.
Com esses insumos, é possível atender casos de derrames, infarto, parada cardiorrespiratória e, em casos de pacientes acidentados, podem ser realizados procedimentos que incluem desde uma drenagem de tórax até uma traqueostomia de urgência.
A exceção das regiões administrativas do Gama e Taguatinga, todos os hospitais possuem helipontos ou área de pouso, incluindo o Base, Asa Norte, Paranoá, Ceilândia, Santa Maria, Planaltina e Sobradinho.
DEDICAÇÃO – A enfermeira do Aeromédico, Daniela Moreira, que trabalha há 5 anos no Samu 192, está desde abril de 2014 escalada para prestar seus serviços na aeronave. Segundo ela, para atuar no programa foi necessário realizar curso para aprender a garantir a segurança dos pacientes no helicóptero. “Temos que fazer um curso especifico para tripular a aeronave”, disse.
Para ela, ter a missão de salvar vidas a bordo do Aeromédico representa uma importante tarefa. “No Aeromédico fazemos ações diferenciadas para salvar a vida de uma pessoa. Sem o recurso que temos, sabemos que em muitos casos em que salvamos vidas o desfecho poderia ser outro”, finalizou.
ESTRUTURA – O Samu 192 recebe de 75 mil a 85 mil chamados por mês. Deste total, aproximadamente 8 mil precisam do atendimento com envio de equipes para realizar o atendimento médico pré-hospitalar de urgência e emergência, além do encaminhamento do para a unidade de saúde recomendada.
O Samu 192 possui aproximadamente 950 servidores para atender as regionais de saúde. A equipe multidisciplinar é composta por técnicos e analistas administrativos, administradores, psicólogos, assistentes sociais, técnicos em enfermagem, enfermeiros, médicos, além de condutores de emergência.
Além do Aeromédico, serviço que teve início em setembro de 2009, o Samu dispõem de 38 ambulâncias, sendo 30 no modelo Unidade de Suporte Básico (USB), tripulada por condutor de emergência e dois técnicos em enfermagem; e 8 do tipo Unidade de Suporte Avançado (USA), com um médico, um enfermeiro e o condutor de emergência.
A equipe também dispõe de 20 motocicletas, as Motolâncias, para atender os chamados que precisam de rapidez ou aqueles em que é necessário driblar o trânsito. O veículo é utilizado, por exemplo, para atender casos de parada cardíaca, quando os procedimentos iniciais devem começar em 10 minutos.
No Zoológico e Parque da Cidade, o Samu também tem as Bikelâncias, que fazem rondam nos locais já que é comum casos de em que corredores e outros praticantes de atividade física passem mal pelo excesso de exercício ou temperatura elevada.
Fonte: por Ailane Silva, Agência Saúde.
Foto: Brito/SES-DF.
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