Grupo de Resgate em Montanha encontra corpo de músico no Rio da Prata
12 de janeiro de 2017 3min de leitura
12 de janeiro de 2017 3min de leitura
Santa Catarina – Uma equipe formada por especialistas em resgate em montanha e bombeiros, com a ajuda do helicóptero Águia, do Batalhão de Aviação da Polícia Militar, se reuniram para encontrar o corpo do DJ Felipe Maciel, de 32 anos, no alto do Rio da Prata, na zona rural de Joinville. Ele entrou sozinho numa trilha na mata na manhã de terça-feira e não voltou mais.
No começo da tarde desta quarta-feira, depois de 12 horas de buscas, a equipe encontrou o corpo do homem caído nas pedras em uma cachoeira com mais de 30 metros de altura, em região de difícil acesso no meio da mata. O resgate do corpo deve ser feito ainda na tarde desta quarta-feira.
Durante a manhã, o pai do rapaz, o engenheiro Alceu Maciel, viajou de Florianópolis, onde mora a família, até o pé da serra. Com amigos e familiares, ele foi até o local onde Felipe deixou o carro, no começo da trilha. A Mitsubishi que ele dirigia ficou fechada e estacionada a menos de dez metros do rio, sem qualquer sinal de violência.
— Ele não faria isso. Ele nunca fez isso de ir em cachoeira sozinho, assim — dizia o pai, inconformado com o sumiço do filho.
De acordo com os familiares, o DJ falava há alguns dias da cachoeira, sempre dizendo que gostaria de conhecê-la. Mas ninguém imaginava que ele tentaria entrar sozinho na trilha para chegar até ela.
Ele tinha uma apresentação marcada para a noite de terça-feira, em Balneário Camboriú. A ausência dele no evento foi um dos fatos que chamou a atenção da família para algo diferente, já que ele não faltava aos compromissos.
Segundo Valdir Bartz, dono da propriedade onde funciona o Recanto das Nascente Divinas, com uma pousada e um camping, no final da estrada, o homem chegou por volta das 10 horas da manhã de terça-feira, pediu para entrar e tomar banho na cachoeira.
Os donos da propriedade estranharam que, no fim da tarde, o veículo ainda estava lá, mas o homem não havia voltado do mato. Seis pessoas do Grupo de Resgate de Montanha (GRM) de Joinville lideraram as buscas durante toda a manhã. Uma equipe da PM sobrevoou a região por duas vezes. Ainda não é possível afirmar o que provocou a morte do rapaz.
Local é seguro
O proprietário do local onde o rapaz desapareceu, Valdir Bartz, é uma das pessoas que melhor conhece as trilhas e cachoeiras da região. Segundo ele, as trilhas são largas e bem sinalizadas. E como é um vale cercado de morros por todos os lados, não há como se perder, basta seguir o rio.
— A cachoeira é um lugar que as pessoas vão para ver. É uma meia hora de caminhada na trilha, mas não tem como se perder — diz Bartz.
O local onde o DJ Felipe Maciel foi, é cercado de mata. Há pelo menos seis quiosques e outros dez lugares de acampamento nas duas margens do rio. Uma ponte de ferro passa sobre a água e dá acesso às duas margens.
Na trilha para a cachoeira, há placas que indicam o caminho. Foi bem em frente a uma dessas placas que ele deixou o carro para subir a pé.
Segundo o proprietário, centenas de pessoas acampam na região e lotam a beira do rio. E não há registro de afogamentos ou pessoas que tenham se perdido na mata. Mesmo quem sobe sozinho, durante o fim de semana, é comum que encontre outros turistas subindo ou descendo a trilha. Como Felipe subiu sozinho na manhã de terça-feira, não havia ninguém por lá.
Cuidados básicos
– Nunca entre num lugar desconhecido sem guias.
– Mesmo que a trilha seja conhecida, evite entrar nela sozinho.
– Informe alguém que o grupo está entrando e estabeleça claramente o tempo que desejam ficar na mata.
– Use roupas apropriadas para escalada e trecking. Tênis, camiseta e bermudas usadas no dia-a-dia são confortáveis, mas não são ideais para subir ou escalar montanhas ou morros no meio do mato.
– Se possível, leve uma corda e equipamentos apropriados para acampamento, como uma boa faca.
– Mesmo que a caminhada seja rápida, leve água e alimentos leves.
Fonte: A Notícia.
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