Grupamento Aéreo de São Paulo realiza testes operacionais com o gancho “cargo hook swing”
01 de julho de 2016 2min de leitura
01 de julho de 2016 2min de leitura
No início do ano de 2015 o Grupamento de Radiopatrulha Aérea da Polícia Militar de São Paulo recebeu as últimas aeronaves AS350B2 da frota (Águias 22 e 23), as quais foram dotadas do gancho modelo “cargo hook swing”, ao contrário das aeronaves atuais da frota que estão equipadas com o gancho modelo “cargo hook sling”.
Com o objetivo de verificar o desempenho e particularidades dos novos acessórios nas novas aeronaves, o Grupamento realizou ensaios no final do ano de 2015 e produziu um relatório técnico com as particularidades para a operação de rapel e exfiltração com essas novas aeronaves.
Confira o relatório:
TESTES OPERACIONAIS COM O GANCHO DOS ÁGUIAS 22 E 23 REALIZADOS NA ÁREA DE TREINAMENTO DA AVIBRAS EM 16/09/2015
RAPEL e EXFILTRAÇÃO PELO GANCHO (MCGUIRE)
1. PREPARAÇÃO PARA AS MISSÕES DE RAPEL E EXFILTRAÇÃO PELO GANCHO (MCGUIRE)
Para as operações de Rapel e Exfiltração pelo Gancho a ancoragem da aranha e as devidas amarrações e ancoragens da cordas no gancho são realizadas normalmente, sem qualquer tipo de alteração, conforme se observa na Foto 01. Verifica-se que as cordas ficam distantes do Rack do Gancho, não havendo risco de atrito ou enrosco.
Foto 01 – Amarração de Cordas para Rapel e Exfiltração pelo Gancho, utilizando-se o Novo Gancho
2. PROTEÇÃO DE CORDAS NO ESQUI
Como os Águias 22 e 23 vieram sem a proteção de corda nas quinas das plataformas dos esquis, à semelhança das aeronaves da frota que utilizam o mesmo modelo, para a realização de operação de Rapel é necessário que a equipe instale, além dos protetores normais de PVC na parte baixa dos esquis, proteção nas plataformas, que são mais salientes e é onde efetivamente as cordas mantêm contato durante a descida.
Essa proteção pode ser de PVC, idêntica à utilizada na parte baixa do esqui, ou com parte de mangueira de bombeiro, ambas instaladas com auxílio de abraçadeiras de nylon para lacre (T Rap). A Foto 02 mostra a utilização de PVC.
Foto 02 – Proteção da Plataforma do Esqui com PVC para Operação de Rapel
Em testes em solo, verifica-se que a área de cobertura da proteção instalada é suficiente para evitar o contato da corda com a saliência do esqui, conforme observa-se na Foto 03.
Foto 03 – Proteção da Corda no Esqui para a Operação de Rapel
Em voo, a manobra de rapel foi realizada normalmente, observando-se que durante a descida dos Homem SAR a corda manteve-se apoiada na proteção, não atritando diretamente nas saliências do esqui, conforme Foto 04.
Foto 04 – Operação de Rapel
3. OPERAÇÃO DE EXFILTRAÇÃO PELO GANCHO
Com relação à operação de Exfiltração pelo Gancho, foi verificado que após o rapel os procedimentos de liberação de nós são idênticos, e em nada o novo gancho afetou ou alterou sua dinâmica. Uma vez preparada a ancoragem para a Exfiltração pelo Gancho a manobra se desenvolveu normalmente sem qualquer tipo de preocupação, conforme observa-se na Foto 05.
Vale lembrar que nessa operação pode-se retirar vítimas conscientes, ancoradas em cadeiras de salvamento ou triângulo de evacuação, ou utilizar maca de montanha quando a vítima apresentar algum tipo de trauma ou estiver inconsciente.
Foto 05 – Operação de Exfiltração pelo Gancho
Material produzido por pilotos, tripulantes operacionais e mecânicos do GRPAe.
Enviar comentário