GRAESP/PA inicia em Belém o primeiro curso de Operador Aerotático
03 de fevereiro de 2024 5min de leitura
03 de fevereiro de 2024 5min de leitura
Pará – Para ampliar e reforçar as ações aéreas de complexidade no Pará, o Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp), vinculado à Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), promove pela primeira vez na história do grupamento o I Curso de Operador Aerotático (Coat/2024), para tripulantes de aeronaves da segurança pública. A aula inaugural ocorreu na manhã de terça-feira (23/01), no auditório do Tribunal de Justiça do Estado, em Belém.
O secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, ressaltou a importância da formação e o avanço do Pará com um curso necessário para qualificar os agentes de segurança que atuam em uma região tão extensa, como o território paraense.
“Estamos iniciando um curso primordial na aviação, e auxilia no principal objetivo do grupamento, o qual é voar e voltar em segurança. Graças às qualificações, nosso time tem conseguido concluir as missões com êxito. Hoje, a gente tem essa formação, que para nós é um marco, garantindo assim a ampliação e os avanços em nosso grupamento, diante das demandas que temos na dimensão do Estado onde vivemos”, disse o secrtário
Atuação em crises – Ualame Machado acrescentou que, “sabemos que atuamos com uma missão primordial nas ações aéreas, que principalmente cuida da segurança, mas também no emprego em crises. Por exemplo, combatendo o roubo a banco, assim como em outras situações de alta complexidade. O preparo dos agentes é fundamental. Além do apoio que também é essencial na área da saúde, com transporte de vacinas, doentes, órgãos, e também de autoridades. Com essa nova formação, e todas as outras qualificações que estamos implementando desde o ano passado, melhoraremos nosso quadro e as nossas logísticas. A gente sabe que a margem de erro na aviação é zero. Queremos estar com uma equipe totalmente preparada, para prestar o melhor serviço diante das demandas”.
Preparação – Como preparação para o início do curso, o Graesp realizou durante uma semana o nivelamento dos 24 agentes de segurança pública, sendo 15 policiais militares, sete bombeiros militares, um agente do Departamento de Trânsito (Detran) e um policial civil do Amapá, que integram a qualificação, com carga horária de 520 horas e duração de três meses. São oferecidos três módulos: teórico, operacional e helitransportadas – para o uso de aeronave de asas rotativas.
“Esse é o primeiro curso aerotático que o Pará está formando, uma vez que os tripulantes que já atuam no Graesp hoje foram formados em estados diferentes, como São Paulo, Rio de Janeiro e Maranhão, e ainda em Brasília (DF). Portanto, essa é a primeira turma que o Pará formará, sendo histórico para o Estado. O tripulante é o apoio e olhos dos pilotos. Nas operações com asas rotativas, o qual é os helicópteros, quando a gente precisa entrar e infiltrar em mata, área fechada, os primeiros a entrar são os tripulantes, que descem às vezes de rapel para iniciar as missões. São os que auxiliam no combate a incêndio, ficando deitados na plataforma da aeronave orientando o piloto na hora de lançar a água. São eles também que orientam o piloto quando está fora da aeronave, onde pode ou não pousar, porque ele (o piloto) não tem vista da cauda da aeronave”, explicou o diretor do Graesp, coronel Armando Gonçalves.
Combate ao crime – Ele também informou que o tripulante , “entra em combate nas operações de segurança pública utilizando armamento e atuando no combate diretamente ao crime organizado, às fugas, entre outras ações de segurança. Atualmente, estamos com 15 pilotos no Graesp e precisamos aumentar nosso efetivo. Essa formação será fundamental para ampliar o efetivo e aumentar nosso potencial, melhorando nossas ações no interior do Estado com os tripulantes novos”.
Além das atividades que serão desenvolvidas no Pará, expostas na aula inaugural, os alunos receberão instruções nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, e no Distrito Federal, no cronograma da qualificação.
Para o instrutor e palestrante da aula inaugural, coronel da Polícia Militar de São Paulo Otacilio de Lima, um dos pioneiros da aviação de segurança pública no Brasil, vários fatores são importantes com a chegada dessa qualificação ao Pará, visto que a atividade é de extrema relevância para a população. “A importância se dá seja no atendimento que se presta à população, seja nas missões policiais, de salvamento e resgate, onde por meio das aeronaves se oferece uma série de recursos. No entanto, é necessário que o pessoal envolvido na operação tenha o treinamento adequado e a consciência de que uma falha pode trazer um erro irreversível. A importância do curso é que ele padroniza o pessoal e cria uma unidade de atuação. E, com isso, os agentes tiram da aeronave todos os recursos que ela proporciona”, enfatizou.
História – Desde 2004, quando ainda era o Graer (Grupamento Aéreo da PM), o Graesp fortalece a Segurança Pública no Pará, sendo estratégico em ações nas áreas de segurança, saúde, educação, meio ambiente, resgate e transporte de pessoas. Mobiliza um efetivo com mais de 110 profissionais, entre pilotos, mecânicos, apoio de solo e administrativo, cedidos por órgãos de Segurança Pública, como Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros Militar.
O Graesp, atualmente, conta com 13 aeronaves, sendo seis helicópteros e sete aviões, utilizados em operações da segurança pública e ambientais, e no apoio aeromédico.
fotos:Foto: Alexandre Puget / Ascom Segup
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