O Governo do Estado do Maranhão estabeleceu parceria entre as secretarias estaduais da Saúde (SES) e da Segurança Pública (SSP), por meio do Centro Tático Aéreo (CTA), para oferecer o ‘Curso de Formação de Aeromédicos’ para profissionais de saúde que atuam no atendimento aeromédico.

Atualmente, a equipe é composta por 19 profissionais de saúde, dentre os quais 12 médicos e sete enfermeiros. Realizado na sede do CTA da Polícia Militar do Maranhão até 24 de maio, o curso habilitará mais 30 profissionais para o exercício das atividades aeromédicas, o que representa um incremento de 157%.

As equipes atuam em São Luís e nos municípios do interior do estado atendendo a demandas de alto risco. O curso tem carga horária de 60 horas distribuídas em aulas teóricas e práticas.

“Sempre tive interesse por resgate, principalmente no âmbito pré-hospitalar. É muito gratificante aproveitar a oportunidade de me qualificar ainda mais para ajudar a população em situações de emergência com o máximo de segurança”, ressaltou a médica Thaciane Sodré, de 26 anos, que integra a turma em formação.

Dentre os assuntos abordados estão segurança operacional do voo – de acordo com o que determina o Serviço de Aviação Civil –, conceitos básicos de gerenciamento de risco, Nível Aceitável de Segurança Operacional (Naso), e focos de procedimentos para identificação de perigos. Fraseologia aérea (comunicação específica), cuidados no embarque e desembarque, situações de emergência, legislação, aspectos da aeronave, limitações e segurança de vôo também são áreas discutidas ao longo da qualificação.

“Nossa missão é estar nos lugares onde o atendimento terrestre é mais demorado e os casos são de maiores urgências, sempre fazendo essa prestação de serviço com o menor tempo de espera possível, maior segurança e eficiência”, ressalta o diretor do CTA, coronel Ismael Fonseca. Para isso, é indispensável o curso de formação dos profissionais que precisam de conhecimentos específicos para realizar a assistência médica nessa modalidade.

Capacitação

De acordo com a técnica da rede estadual de saúde, Morete Nunes, o curso é um diferencial para requalificação profissional e também por abordar o que é a inclusão da fisiologia de voo, além de como os profissionais devem se comportar no atendimento dentro da aeronave. “O curso é mais uma ferramenta para qualificar esses profissionais e prepará-los em todas as esferas do atendimento móvel”, explicou Morete Nunes.

O tenente coronel Wellington Reis, chefe do departamento de resgate do CTA, e coordenador do curso de aeromédico, ressalta que o Serviço Público Aéreo do Maranhão é uma referência nacional pela qualificação pessoal da tripulação, a assistência mecânica e a qualidade das aeronaves.

“A agilidade e a versatilidade da máquina em operação são de extrema importância para o paciente em situação de risco, seja ele traumático ou clínico grave. Poder aliar essas características com a qualidade do serviço que é prestado no estado é, sem dúvida, um grande benefício para a população e motivo de muita satisfação para nós”, pontuou o chefe do departamento de resgate do CTA.

Com metade da frota aérea, rendimento da assistência quadruplicou em 2015

O serviço do CTA é integrado, servindo as áreas de Saúde, Segurança Pública e ao executivo estadual. Atualmente, o estado possui três helicópteros e dois aviões de pequeno porte. Segundo o diretor do CTA, coronel Ismael Fonseca, em 2014 foram gastos, ao todo, 840 horas de voo. O atual governo otimizou recursos públicos e reduziu a frota em 50% a partir de 2015, mas manteve a prestação de serviços eficientes à sociedade.

“Tínhamos seis helicópteros em operação no estado, sendo três no CTA, dois para a saúde e um na Casa Civil. Por um decreto do governador Flávio Dino, esse quantitativo foi reduzido e conseguimos suprir toda a demanda do estado, tanto para a saúde quanto para a segurança pública”, explicou o coronel.

Em 2015, cerca de 170 pessoas tiveram acesso à assistência médica especializada após serem atendidas pelo serviço médico aéreo, completando um total de 214 horas de voo. O número corresponde a 38% a mais que a quantidade de atendimentos realizados em 2014: 120 pessoas em 105 horas de voo.

Todas as demandas de atendimento médico passam pela Central de Regulação da Secretaria de Estado da Saúde (SES). “Feita à devida constatação da necessidade do transporte aéreo, após essa regulação, é que temos os nossos serviços acionados. Depois é feita a verificação da disponibilidade de leitos nos hospitais de referência do estado, checagem da aeronave e das condições adequadas de voo. Quando há esse somatório de elementos, encaminhamos o atendimento tripulado com todos os recursos humanos e materiais necessários para o caso”, explicou o tenente coronel Wellington Reis.

O diretor do CTA ressaltou ainda que o efetivo descentralizado dinamiza as operações. “Teremos bases permanentes com maior eficácia e eficiência para atender todas as localidades. Por meio da economia de tempo e através de um planejamento feito detalhadamente, conseguimos demandar os mesmos serviços, com economia e resolutividade”, esclareceu o coronel Ismael Fonseca.

Governo do Maranhão.