O governador Orlando Pessuti assinou nesta terça-feira (23/11/10), durante a reunião semanal Escola de Governo, a homologação da licitação para compra de um novo helicóptero destinado às ações de Segurança Pública no Paraná. Uma réplica do aeronave, que deve ser entregue em meados de 2011 ao Grupamento Aeropolicial – Resgate Aéreo (GRAER), foi destinada ao governador durante a reunião por um representante da empresa vencedora.

Os recursos são do Ministério da Justiça. “O grupamento aéreo policial é uma das coisas mais importantes que estamos instituindo. O mundo inteiro hoje se utiliza de aeronaves para combater o crime, auxiliar no resgate de pessoas e em operações de busca e salvamento. E aqui no Paraná estamos instituindo um grupamento aéreo de aviões e helicópteros para atender toda a segurança publica do Paraná”, disse Pessuti.

O governador Orlando Pessuti, assina a homologação do procedimento licitatório para aquisição de um helicóptero. Foto: Arnaldo Alves / AENotícias

A aeronave a ser adquirida é uma EC 130 B4 com capacidade para o piloto e mais seis passageiros, autonomia para 640 km, velocidade de 235 km/h e munida com equipamentos para realização de patrulhamento ostensivo preventivo, acompanhamento tático, busca e salvamento.

O Grupamento Aeropolicial – Resgate Aéreo possui, até o momento, três helicópteros, sendo dois deles utilizados exclusivamente pela segurança pública (Falcão I e Falcão II, PP-EJH Bell Jet Hanger – adquiridos em 1992, e outro em 2009). Uma aeronave deste porte é capaz, em patrulhamento urbano, de cobrir uma área visual correspondente a 35 viaturas em terra.

“Estudos comprovam que um alvo em fuga, uma vez identificado pelos tripulantes da aeronave, dificilmente escapará. Entre as vantagens do helicóptero, em relação à viatura, estão a velocidade, o não enfrentamento de congestionamentos, a visão privilegiada e a capacidade de interagir com as equipes na terra, por meio de rádio comunicador”, enumera o secretário da Segurança Pública, coronel Aramis Linhares Serpa.

“O helicóptero é importante para que as viaturas em terra possam ter um melhor direcionamento de suas ações, ou seja, onde está o ponto principal a ser vistoriado, a ser identificado, principalmente de pessoas em fuga. Com ele não temos acompanhamentos táticos aleatórios ou perigosos, pois fazemos um cerco para apanhar o suspeito, já que o helicóptero passará as coordenadas”, disse Serpa.

A aeronave é tripulada por policiais militares que possuem larga experiência e treinamento específico para atuar em ações policiais de resgate, busca e salvamento ou transporte aeromédico de emergência. Um helicóptero é um equipamento de avançada tecnologia extremamente útil como plataforma de observação aérea, em apoio às operações policiais.

GRUPAMENTO – O Grupamento Aéreo é responsável pelo policiamento aéreo, ações de socorro, Defesa Civil e operações policiais e de bombeiros, além do apoio a órgãos federais, estaduais e municípios de todo o Estado. “Os órgãos governamentais ligados à Segurança Pública podem utilizar o apoio da aeronave em casos que haja necessidade”, afirma o comandante do Grupamento Aéreo, major Orlando Artur da Costa. O grupo conta hoje com 52 policiais militares capacitados para a atividade.

Os helicópteros existentes podem carregar até cinco pessoas cada um. A composição da tripulação depende da ação que estiver ocorrendo. Em operações, costumam estar a bordo uma tripulação composta por piloto e co-piloto e dois policiais, um deles armado. Em resgates, os policiais são substituídos por médico e uma maca para transporte de vítimas.

“Este equipamento pode, por exemplo, localizar um alvo em terra e indicar para as viaturas, que por algum motivo, não conseguiram visualizá-lo”, explica o comandante do Grupamento. Em operações de patrulhamento, o helicóptero Falcão voa a uma altura de 100 a 150 metros e passa todas as informações de localização por rádio, que está interligado com o Centro de Operações Policiais Militares (Copom) pela frequência 190 e 193, para a viatura. O helicóptero pode entrar em ação, mediante a gravidade da situação.

Também assinaram o documento, além do governador, o secretário-chefe da Casa Militar, coronel Aurélio Alves Chaves da Conceição, o secretário da Segurança Pública, coronel Aramis Linhares Serpa, e o major Artur.


Fonte : Agência de Notícias do Paraná