Goiás volta a colocar seus helicópteros no ar
07 de dezembro de 2012 3min de leitura
07 de dezembro de 2012 3min de leitura
Com as apólices dos seguros renovadas, os helicópteros da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros voltaram a voar a partir de 05/12/12. O acordo entre a Secretaria de Segurança Pública e Justiça (SSPJ) e a Allianz Seguros foi firmada na sexta-feira (30/11) e, agora, as aeronaves passam por manutenção e troca de plotagem na Fênix Helicópteros. Os equipamentos ficaram parados mais de dois meses, deixando de realizar mais de 820 atendimentos.
Os helicópteros estavam parados devido ao vencimento do seguro, que ocorreu em setembro. Segundo o comandante do Grupo de Radiopatrulha Aérea (Graer), major Ricardo Mendes, a demora de renovação não foi descaso do Estado. “A seguradora demorou em nos enviar a proposta e, depois disso, precisamos avaliar. Essa avaliação é criteriosa e, por esse motivo, não é imediata”, completou o major.
O alto valor pago pelo seguro também precisou ser justificado junto à SSPJ e à Procuradoria-Geral do Estado. Com as aeronaves custando cerca de R$ 8 milhões cada uma, o seguro gira em torno de R$ 300 mil e foi renovado com a Allianz, a mesma que segurava o helicóptero da Polícia Civil, que caiu em 8 de maio. O aumento aconteceu devido ao número de acidentes envolvendo aeronaves no Brasil. “Se comparado a valor de um carro, que o seguro custa aproximadamente 12% do valor do veículo, o do helicóptero custa menos que 4%”, explicou o tenente-coronel e piloto dos Bombeiros, Hofmann Gomes Rodrigues.
Atendimentos comprometidos
Durante o tempo em que ficaram parados, cerca de 70 atendimentos ou fiscalizações deixaram de ser realizadas. Isto, considerando Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. Segundo o Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer). Cada helicóptero é capaz de cobrir uma área equivalente à de 50 viaturas terrestres e, neste ano, a PM participou de 127 ocorrências desde janeiro. Com o Corpo de Bombeiros, foram 151 ocorrências, sendo todas de casos considerados graves.
Segundo o major Ricardo Mendes, a volta dos helicópteros vem em boa hora, isso porque a criminalidade aumenta durante as festas de final de ano. “Os helicópteros devem voltar na quarta ou quinta-feira e vamos usá-los para monitorar polos comerciais como Campinas, Centro e Fama. Os helicópteros são ferramentas essenciais em nosso trabalho, seja preventivo ou repressivo. Graças a Deus não tivemos nenhuma grande operação durante o tempo em que ficaram inutilizados”, afirmou Ricardo Mendes.
Manutenção
Durante o dia de ontem, tanto o helicóptero da PM quanto o do Corpo de Bombeiros passaram por revisão na Fênix Helicópteros, localizada na GO-070, saída para Inhumas. Segundo Ricardo Mendes, os serviços incluíram checagem na bateria, óleo e outros. Isto, para cumprir as exigências do manual de manutenção. “Como ficaram parados mais de dois meses, precisam desse trabalho realizado para dar segurança às atividades”. A informação passada pela SSPJ é de que as aeronaves teriam ainda troca de plotagem.
Investigações impedem Polícia Civil de voar
Desde 8 de maio, quando o helicóptero da Polícia Civil caiu, em Piranhas, interior do Estado, a corporação está sem equipamento substituto. Na ocasião, morreram Jorge Moreira (titular da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas), Antônio Gonçalves Pereira dos Santos (superintendente da Polícia Judiciária), Osvalmir Carrasco Melati Júnior (chefe do Grupo Aeropolicial), Vinícius Batista da Silva (titular da Delegacia de Iporá e responsável pelo inquérito da chacina), Bruno Rosa Carneiro (chefe-adjunto do Grupo Aeropolicial) e dois peritos, os primos Fabiano de Paula Silva, lotado em Iporá, e Marcel de Paula Oliveira, lotado em Quirinópolis, e o suspeito de uma chacina na região, Aparecido de Souza Alves.
As investigações ainda não foram concluídas nem pela Polícia Civil, nem pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Por esse motivo, o equipamento não foi reposto e só será substituído pela Allianz Seguros quando o inquérito for concluído. Para a Polícia Civil, a perda é notória, já que a aeronave era usada diariamente para fiscalização de crimes ambientais, deslocamentos mais rápidos e operações no interior do Estado. Se a polícia conseguia enviar uma equipe em duas ou três horas, com carro demoram mais que o dobro. O Control and Display Unit (CDU), equipamento corresponde à caixa-preta do helicóptero da Polícia Civil, chegou a ser enviado para os Estados Unidos para análise, que não foi conclusiva.
Fonte: O Hoje
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