Foi necessário o auxílio da aeronave do Corpo de Bombeiros Militar de Brasília/DF para o encontro. O idoso foi encontrado a 4 Km de onde mora e levado a UPA de Ceilândia.

“Foi um alívio para a família. Ninguém conseguiu dormir direito a noite inteira sem notícias dele”. O desabafo do técnico de refrigeração, José filho Alves, 31, veio depois que seu avó, um senhor de 84 anos e que sofre com o Mal de Alzheimer, foi encontrado após ficar mais de 24 horas longe de casa sem que ninguém soubesse seu paradeiro. O reencontro feliz foi em meio às lágrimas dos familiares ainda na aeronave do Corpo de Bombeiros por volta das 13h30 desta sexta-feira (14).

O octogenária João Ferreira de Almeida, apesar da doença, quer ser independente. Quase todos os dias, ele gosta de sair de sua chácara no núcleo rural Alexandre Gusmão, entre Ceilândia e Brazlândia, e ir até a área comercial do Condomínio Privê, em Ceilândia. Uma distância curta. José diz que avó teria saído de casa por volta das 10h de quinta-feira (13). Porém, como ele não voltava, a esposa dele, dona Maria, começou a ficar preocupada.

“Quando ela me ligou, por volta das 13h (de ontem), eu fiquei preocupado. Começamos a procurar e não encontrávamos. Fomos ao Condomínio Privê, em hospitais e na delegacia. Fomos também na Polícia Militar, mas nada de encontrar. Eu procurei até às 3h. Não dormi essa madrugada”, lembra.

A preocupação da família era que o idoso, devido ao Mal de Alzheimer, não conseguisse lembrar do caminho de volta ou não conseguisse pedir ajuda, já que tem dificuldade na fala. “Só a gente da família para entender o que ele diz”, alega o neto.

Alívio com o encontro

Sem sucesso nas buscas de ontem, os familiares resolveram buscar o Corpo de Bombeiros. Para José, essa foi a ajuda essencial. “Eles começaram a procurar na chácara onde ele mora e nas que ficam próximo de lá. Me disseram que iam procurar até achar”, lembra. Ao todo, 13 militares foram realocados na procura. Eles contaram com o auxílio de dois cães treinados. Apesar disso, nada surtiu efeito.

A situação só mudou quando a aeronave do Corpo de Bombeiros foi chamada. Em pouco tempo de procura, o senhor João Ferreira foi visto lá do alto. Ele caminhava lento, mas estava vivo e razoavelmente bem, já que precisou ser encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ceilândia com suspeita de desidratação e exaustão.

O neto, José, só consegue agradecer: “Agradeço primeiro a Deus e depois ao corpo de bombeiros. Eles fizeram um ótimo trabalho. Quero dar um grande abraço neles”. O senhor João foi encontrado em uma área de mata fechada a quatro quilômetros de sua chácara.

Depois de sair da unidade de saúde, o idoso vai ao encontro da esposa na chácara onde moram há anos. José garante que vão tomar mais cuidado a partir de agora para que não levem um novo susto como esse.

Fonte: brasiliaeaqui