Falta de estrutura impede uso de dirigível no combate ao crime no Amazonas
16 de janeiro de 2014 2min de leitura
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Manaus – No ano de 2010, o Governo do Amazonas, em convênio com o Ministério da Justiça, gastou R$ 600 mil na compra de uma aeronave não-tripulada, do tipo dirigível (formato de balão), para auxiliar nas investigações de combate ao tráfico de drogas e crime organizado, com foco no melhoramento da segurança pública na Copa do Mundo, neste ano. Quatro anos se passaram, jogos da Copa estão prestes a serem realizados em Manaus e o equipamento permanece guardado, sem uso.
O secretário de Segurança Pública do Estado, coronel PM Roberto Vital, informou que a aeronave, tecnicamente chamada de ART (Aeronave Remotamente Tripulada), foi usada poucas vezes, em caráter de teste, durante investigações na área ambiental e em observações de plantios de maconha no município de Maués (a 276 quilômetros a leste de Manaus). De acordo com Vital, o equipamento precisa de uma estrutura técnica que garanta a manutenção e uso corretos.
“É preciso construir um hangar, com oficina, um espaço para fazer pousos e, além de bombas de ar comprimido para encher e esvaziar o dirigível, dentro das normas de segurança”, explicou.
Vital garantiu que a estrutura que falta para fazer a ART entrar em operação deve ser entregue em maio, antes da Copa. “Estamos avaliando o local para essa estrutura, se vai ser no Aeroclube de Manaus, na Base Aérea ou no município de Rio Preto da Eva”, disse. A aeronave, comprada pelo Estado, é da marca Swissteps, modelo Falcon SF7000GC, de fabricação suíça e design indiano.
O secretário executivo adjunto de Inteligência, Thomaz Vasconcelos, explicou que trata-se de uma aeronave leve, eficiente, difícil de ser vista no céu a olho nu e manuseada em solo, por controle remoto ou via satélite. O equipamento tem câmeras que transmitem imagens em alta definição para uma central móvel. A autonomia de voo pode chegar a quatro horas e as imagens podem ser captadas a até 50 quilômetros.
Segundo ele, o equipamento está encaixotado porque a sede da Secretaria de Inteligência (Seai) está em reforma. “Assim que a manutenção do prédio for concluída, faremos a remontagem da aeronave e a colocaremos para operar. Ela nos ajudaria em muitas missões de investigação”, afirmou.
Fonte: D24 AM
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