Estado do Vórtice (VRS)
29 de junho de 2013
3min de leitura
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Muitas vezes considerado como o equivalente ao estol de uma aeronave de asa fixa, o estado de vórtice é uma condição de voo, com motor, em que o helicóptero ‘’perde’’ seu próprio fluxo de rotor. Como resultado, a razão de descida (ROD) aumenta rapidamente – em princípio pelo menos três vezes o ROD antes do surgimento do estado de vórtice – para uma mesma potência do motor.
CONDIÇÕES DO ESTADO DE VÓRTICE
Um estado de vórtice pode ocorrer na descida com motor, velocidade inferior a 30 kt e razão de afundamento próxima da velocidade de deflexão do rotor principal.
A velocidade de deflexão ou velocidade induzida é definida como a velocidade do fluxo de ar aspirado através do disco rotor. A velocidade induzida depende do tipo de helicóptero e de seu peso bruto.
Por exemplo, um helicóptero de três pás com um diâmetro de rotor de 10,69 m e um peso de 2250 kg teria uma velocidade induzida de 10 m/s (2.000 pés/min). Enquanto para um helicóptero de duas pás com um diâmetro de rotor de 11 m e peso de 1000 kg, a velocidade induzida é de 6,5 m/s (1.300 pés/min).
Atenção: embora o estado de vórtice dependa do tipo de helicóptero e de seu peso, a razão de descida é geralmente considerada como perigosa quando excede 500 pés/min.
EFEITO DO ESTADO DE VÓRTICE
1) Vibrações no helicóptero quando os vórtices deixam as extremidades das pás.
2) Comandos de arfagem e de rolagem menos sensíveis (suaves).
3) Flutuações na demanda de potência.
4) Razão de descida elevada quando o vórtice está em desenvolvimento, podendo exceder a 3.000 pés/min.
RECUPERAÇÃO DO CONTROLE DO HELICÓPTERO EM ESTADO DE VÓRTICE
A recuperação do controle pode ser feita agindo sobre o cíclico e/ou coletivo. No entanto, de acordo com o sistema de rotor, uma ação somente no cíclico pode ser insuficiente para modificar a atitude do helicóptero e aumentar a velocidade.
Também é possível recuperar o controle do helicóptero reduzindo o coletivo para o passo mínimo. Contudo, a perda de altura durante a recuperação do controle pela redução do passo coletivo é superior à perda correspondente de altura pela ação do cíclico, tendo em vista que a razão de descida em autorrotação com baixa velocidade é muito alta .
Portanto, as ações seguintes, de recuperação do controle, devem ser executadas para minimizar a perda de altura:
1) Deslocar o manche cíclico efetivamente para a frente visando obter uma atitude de aceleração e aumentar a velocidade.
2) Se for impossível obter uma atitude de aceleração, diminuir o coletivo para entrar em autorrotação e depois deslocar o manche cíclico para a frente, visando aumentar a velocidade.
EVITAR O ESTADO DE VÓRTICE
Como as ações de recuperação do controle resultam em perda de altura considerável, é imperativo evitar o estado de vórtice, especialmente quando se está perto do chão. Portanto, uma razão de descida superior a 500 pés/min para uma velocidade inferior a 30 kt, em voo com motor, deve ser EVITADA.
As operações seguintes devem ser executadas com cautela:
1) Reconhecimento e aproximação de uma área restrita.
2) Voo pairado fora do efetivo solo (HOGE).
3) Paradas rápidas com vento de proa.
4) Fotografia aérea.
PARA SAIR DE UM ESTADO DE VÓRTICE
1) Deslocar o manche cíclico efetivamente para a frente, a fim de obter uma atitude de aceleração (aumentar a velocidade).
2) Se a velocidade aumentar: recuperar o controle do helicóptero quando a velocidade indicada atingir 40kt.
3) Se a velocidade não aumentar: diminuir o coletivo para entrar em autorrotação e em seguida deslocar o manche cíclico para a frente, visando aumentar a velocidade.
Fonte: Adaptado do European Helicopter Safety Team (EHEST).
Tradução: Área de Segurança Operacional da Helibras, setembro de 2012.
Publicado pelo Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – SERIPA II, na Edição nº 10 do PreviNE do Boletim Eletrônico de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Região Nordeste.
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