Erro do piloto “não foi a causa” do acidente de Clutha/Escócia
13 de agosto de 2015 3min de leitura
13 de agosto de 2015 3min de leitura
Escócia – Um relatório preliminar sobre o desastre revela que o erro do piloto não foi a causa do acidente de helicóptero de Clutha. As descobertas preliminares sobre a tragédia apontam os indicadores imprecisos de combustível a bordo do helicóptero da polícia como a fonte provável do acidente.
Três membros da tripulação e sete pessoas que se divertiam no bar Clutha Vautls, em Glasgow, na Escócia, morreram quando o Eurocopter EC135, operado pela Bond em nome da Polícia da Escócia, caiu sobre o telhado do bar, na noite do dia 29 de novembro de 2013.
O helicóptero voltava de uma operação de rotina quando, segundo as testemunhas oculares, “caiu como uma pedra”. O relatório segue explicando que dois interruptores de combustível vitais desligaram-se um pouco antes do acidente.
Ele também chama atenção para o alerta de segurança usado mundialmente e emitido pela Eurocopter a operadoras do mesmo modelo que caiu em Glasgow, dizendo que havia sido descoberto um problema com o sistema de aviso de nível baixo de combustível em várias aeronaves.
O alerta, emitido em dezembro, menos de duas semanas após o acidente, veio depois de descobrirem que uma ambulância aérea, uma das 22 aeronaves alugadas no Reino Unido, tinha um problema com o indicador de combustível. Os testes revelaram que outras aeronaves também tinham o mesmo defeito.
A investigação inicial da Agência de Investigação de Acidentes Aéreos (AAIB) descobriu que o Eurocopter EC135 sofreu uma falha de motor dupla em consequência da falta de combustível.
A aeronave tinha 76Kg de combustível no seu tanque principal, mas o combustível não conseguia alcançar os motores porque as bombas de transferência haviam sido desligadas.
Como isso, o combustível não pôde ser transferido do tanque principal para os dois tanques de abastecimento que, por sua vez, bombeiam o combustível para os motores à esquerda e à direita.
Os interruptores que controlam as bombas localizam-se no teto do cockpit atrás do piloto e só podem ser desligados manualmente.
O fato dos interruptores de combustível estarem na posição desligada foi considerado, previamente, a “causa” da tragédia, já que eles controlam o fluxo de combustível aos motores e ambos deveriam estar ligados durante o voo.
No entanto, esta pode ser uma indicação de que o piloto tentava reinicializar o sistema depois de ser levado a pensar que havia um problema com o fornecimento de combustível.
O relatório da AAIB, do dia 14 de fevereiro, afirmou que havia zero combustível no tanque de abastecimento direito e somente 400g no tanque de abastecimento esquerdo no momento do impacto.
O relatório também observou que “nos últimos momentos do voo, o motor direito ficou em chamas e, um pouco depois, o motor esquerdo entrou em chamas”. Uma série de avisos de baixo nível de combustível também foi registrada durante o voo.
Junto com o piloto David Traill, os policiais Tony Collins e Kirsty Nelis estavam a bordo do helicóptero e morreram no acidente.
Os sete clientes que estavam no bar Clutha e perderam as suas vidas no acidente eram John McGarrigle, Mark O’Prey, Gary Arthur, Colin Gibson, Robert Jenkins, Samuel McGhee e Joe Cusker.
O porta-voz da Agência de Investigação de Acidentes Aéreos, que emitiu o relatório interino, disse: “Este não é o relatório final e não faremos comentários a esta altura.”
Fonte: Herald Scotland/ Reportagem: Jody Harrison
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