Em Santa Catarina e no Paraná, serviço de socorro aeromédico é considerado imprescindível
04 de fevereiro de 2015 2min de leitura
04 de fevereiro de 2015 2min de leitura
Nos dois Estados vizinhos, atendimento foi ampliado. No Rio Grande do Sul, secretaria estuda redução da estrutura e uso compartilhado de novos helicópteros com a Brigada para patrulhamento.
Enquanto o Rio Grande do Sul revisa o sistema de socorro aéreo, o resto da Região Sul prevê a ampliação das estruturas. Paraná e Santa Catarina avaliam como fundamental o serviço para salvar vidas. Ambos os Estados contam com helicópteros que realizam operações de salvamento em parceria com o Samu, e as aeronaves pertencem a instituições públicas.
O Paraná – que tem um helicóptero há sete anos – adquiriu dois outros em 2014 para ampliar as áreas de atuação, antes restritas à região de Curitiba. Para o diretor de Políticas de Urgência e Emergência do Estado, Vinicius Filipak, a atividade é essencial para reduzir o tempo de deslocamento até as vítimas e permitir salvamentos em locais de difícil acesso.
– O custo é elevado, mas o benefício é maior – afirma Filipak.
Em Santa Catarina, o coordenador de urgência e emergência, Ramon Tartari, classifica como “imprescindível” a manutenção e ampliação do serviço, tanto no resgate de vítimas quanto no transporte de pacientes em grandes distâncias. Ele menciona ainda o transporte de feridos graves a outras cidades e o atendimento neonatal.
– Helicópteros reduzem o tempo de resposta, especialmente nas situações de gravidade, o que faz toda a diferença em salvar ou não salvar a vítima – diz Tartari.
No Rio Grande do Sul, o tema está envolvido em polêmica nos últimos dias. Ao jornal Zero Hora, o secretário de Saúde, João Gabbardo, disse que a atividade – hoje realizada por meio de termo de cooperação entre Samu e Brigada Militar, ao custo mensal de R$ 156 mil – era “totalmente dispensável” e que o atendimento poderia ser feito por via “terrestre com uma eficiência melhor”. No dia seguinte, voltou atrás, mas afirmou que o atual grupo de 15 profissionais – médicos e enfermeiros do Samu – deverá ser substituído por profissionais vinculados ao Estado e, ao contrário de hoje, sem dedicação integral ao serviço.
Outra controvérsia diz respeito a dois helicópteros comprados pela gestão passada e que serão entregues em fevereiro. Equipados como UTIs móveis, os aparelhos custaram R$ 26 milhões (70% já foi pago).
Ontem, a Secretaria da Saúde informou que o serviço aeromédico “não será desativado” e que irá deliberar a “utilização compartilhada” das aeronaves com a Secretaria da Segurança Pública. Além de ações de resgate e assistência, elas poderão ser usadas no patrulhamento.
Fonte: Zero Hora
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