As operações aéreas da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) tiveram início no ano de 1986, por meio da antiga Seção de Helicópteros (SECHEL), da Secretaria de Segurança Pública, à época de forma integrada com a Polícia Militar e com o Corpo de Bombeiros.

A partir do ano de 1997, com a dissolução da SECHEL, a continuidade dessa atividade especializada da PCDF foi garantida por meio da criação da Divisão de Operações Aéreas – DOA, designação que se mantém até a presente data.

A “Toca”, como é conhecida a base operacional de helicópteros da PCDF, situa-se no coração da Capital Federal, no Setor de Garagem Oficiais Norte, próxima aos órgãos centrais do governo local, com heliponto homologado para operações diurnas e noturnas, sob o código SWSW e com a utilização da frequência aeronáutica VHF 130,100.

Dentre suas diversas possibilidades de emprego operacional, a DOA se especializou no apoio ao cumprimento de mandados judiciais, buscas de pessoas e objetos, escoltas policiais, prisões, captura de foragidos, abordagens a veículos, resgates e em atividades de inteligência e investigação, sobretudo relacionadas a levantamentos e imageamentos aéreos, dando suporte tanto às unidades orgânicas da própria PCDF, como também a outros órgãos públicos de fiscalização e controle e também àqueles voltados às atividades penitenciárias, tanto federais como distritais.

Para tanto, a Unidade Aérea Pública, regulada pela RBAC 90 da ANAC, conta atualmente com 3 (três) helicópteros Esquilo AS350 B2, designados Carcará 01, 02 e 03, equipados com um imageadores aéreos de alta resolução, com capacidade de visão noturna, além de um moderno sistema de missão.

A DOA, em face da diversidade de demandas recebidas, muitas das quais a serem realizadas em período noturno, persegue o constante aperfeiçoamento técnico e operacional, tanto de seu corpo de servidores como com a atualização de seus recursos tecnológicos embarcados de suas aeronaves.

A propósito, recentemente foi adquirido e já está em plena utilização o novo farol de busca Trakka Systems, modelo TLX, equipado com lentes capazes de emitir feixes de luz para finalidades específicas, de cores branca, vermelha, âmbar e azul, além do feixe infravermelho, invisível ao olho humano, para utilização com óculos de visão noturna, o que permitirá uma significativa ampliação e melhoria de suas atividades operacionais entre o pôr e o nascer do Sol, que poderão ser realizadas de maneira muito mais eficiente.

De acordo com o delegado Rodrigo Bonach, Diretor da DOA, “o novo farol de busca possui peso mais leve, formato aerodinâmico e consumo de energia muito mais adequados às atividades aéreas embarcadas, possibilitando uma melhor performance da aeronave sem comprometer seu desempenho ou sobrecarregar sua bateria e seu gerador. Com grande amplitude de movimento (360º), também poderá ser empregado em conjunto com os imageadores aéreos, inclusive sendo escravizado com a câmera.”

Particularmente, o uso da tecnologia de ondas infravermelhas, associada ao emprego de óculos de visão noturna pelas equipes aéreas e de solo, permitirá a captura de criminosos sem que estes sequer percebam que estão sendo monitorados, sendo que o facho de luz infravermelha permitirá indicação furtiva da localização dos alvos às equipes de solo, incrementando o fator surpresa e, com isso, mitigando riscos operacionais e a possibilidade de confrontos, além de aumentar a eficiência policial e o índice de sucesso das operações.

Além disso, o uso de equipamentos com tecnologia IR, existentes no farol de busca e nos imageadores, permitirá a realização segura de pousos e decolagens em locais de baixa iluminação, aonde seriam impossíveis em condições normais, e com isso ampliando o espectro operacional da DOA para além das atividades convencionais, inclusive para locais ermos ou demasiadamente escuros, e permitindo o aumento da consciência situacional de seus tripulantes, como também mitigando riscos de acidentes aeronáuticos e incrementando a segurança de voo.

A DOA foi a primeira unidade aérea a iniciar a operação do farol de busca TLX na América Latina e, em razão disso, foi homenageada pela fabricante do equipamento com a entrega de uma placa que registra o feito, ocasião em que o equipamento também foi apresentado aos representantes de outras unidades aéreas situadas no Distrito Federal, como o Departamento Estadual de Trânsito, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Polícia Federal.

Buscando o aperfeiçoamento constante e a realização do bem e da justiça, a Divisão de Operações Aéreas da Polícia Civil do Distrito Federal segue sua jornada em busca da prestação de serviços cada vez melhores à população, com orgulho e gratidão ao seu passado, mas também com olhos voltados ao futuro, sempre em equilíbrio com a segurança aeronáutica.