Pará – No dia 06/05, a Defesa Civil do Estado esteve em Mosqueiro, juntamente com a Defesa Civil Municipal, para monitorar a erosão na orla do distrito. “No ano passado, constatamos junto com a Defesa Civil do município, uma expansão de dez metros da parte erodida. Vamos ver a situação agora, depois do resultado da análise”, explicou a major Ciléa Mesquita, chefe de departamento de apoio à comunidade da Defesa Civil do Pará.

Assim como em Mosqueiro, a Defesa Civil do Estado vem acompanhando o processo de erosão em outras orlas, como Ajuruteua, em Bragança, e Marapanim, ambas no nordeste paraense. O trabalho conjunto com o município, Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Superintendência de Patrimônio da União (SPU), Ministério Público Federal e Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) tem como objetivo, principalmente, a conscientização da população local.

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As fortes chuvas intensificaram os processos erosivos em vários municípios do Pará, aumentando os riscos de alagamentos, enxurradas, inundações e desabamentos. Entre as ações de monitoramento da Defesa Civil, está a emissão diária de boletins climáticos, indicando a tábua de maré e a previsão do tempo, mantendo sempre em estado de alerta as defesas civis das cidades.

Testes – O monitoramento da área atingida pela erosão em Mosqueiro foi feito com a ajuda de um drone. O veículo aéreo não tripulado sobrevoou a orla do distrito para captar imagens e vídeos da situação da área. O material servirá para a conclusão de um relatório sobre as condições locais. Muito usados pelo Exército, Marinha e pela força aérea americana, os drones se tornaram mais populares e mais acessíveis no sentido de que a própria população pode hoje adquirir um equipamento.

O drone pode voar cerca 800 metros de altura e de distância, podendo filmar entre uma hora e uma hora e meia, com um tempo de bateria de 15 minutos. A major Ciléa acredita que a tecnologia vem para ajudar o Corpo de Bombeiros a equipar-se de forma moderna, garantindo resultados mais eficazes nas operações. “Ao monitorarmos a erosão em Mosqueiro, por exemplo, levamos em média dois dias percorrendo toda a extensão litorânea e necessitando de vários agentes. Com o drone, em um dia obtemos toda a informação necessária, podendo finalizar o quanto antes o relatório final”, ponderou. O equipamento poderá ajudar em outras frentes de trabalho também, como em situações de afogamento, controle das praias no mês de julho e monitoramento de incêndios.

https://youtu.be/Pv9CVfMwLA8

Agência Pará, por Bianca Teixeira.