Conheça um pouco mais sobre a história da Aviação Policial no Rio de Janeiro
07 de janeiro de 2013 2min de leitura
07 de janeiro de 2013 2min de leitura
Em 1979, no local onde hoje funciona a SAOA, na Lagoa, havia o Departamento Aeropolicial ligado diretamente a Secretaria de Segurança Pública, cujos Secretário e Subsecretário eram Oficiais Generais da Reserva.
Esse Departamento iniciou dois anos antes sob o Comando de um Cel Aviador da FAB chamado Matos e possuía três pilotos contratados. Antonio Hermsdorf Maia, engenheiro diretor da Divisão de Transportes (Ditramar) do Salvamar (então um órgão da SSP) e dois jovens ex-tenentes temporários da FAB que haviam aprendido a voar helicópteros. Aécio Malagutti e Célio Seda Filho, hoje piloto de aviões comerciais de grande porte.
Dois a três anos antes, através de um acordo entre o Governador do Rio de Janeiro e a Marinha, esta cedeu quatro FH1100 (Fairchild Hiller 1100, cujas fotos estão na matéria) em troca do asfaltamento da Base aérea de São Pedro da Aldeia.
Essas máquinas ficavam ao ar livre ali na Lagoa e tinham uma manutenção muito ruim. Duas delas, conhecidas pelas últimas letras dos seus prefixos, o Charlie e o November, eram as mais usadas por terem mais potência. O Oscar (que como o Charlie, possuía esquis altos) era mais fraco e menos usado e o Delta nunca ficou em condições operacionais ideias.
Naquela época o rádio policial portátil já funcionava bem e a central era conhecida pelo prefixo de CCOS. As aeronaves eram conhecidas pelo prefixo de Gavião 1, 2, 3 e 4.
Em 1981, foi criado o departamento de operações aéreas do DER trazendo em 1982 o primeiro helicóptero Esquilo usado pelo Rio de Janeiro.
Em 1983, a Polícia Civil nomeou um Delegado e Piloto, chamado Paulo Elia e recebeu o seu primeiro esquilo mantendo os outros FH1100. Houve também um “concurso” para pilotos e um amigo meu, Luis Pires além do próprio Malagutti e do Seda, entraram como pilotos policiais (os primeiros a ingressarem).
Em 1984, no morro do Juramento, estourou o compressor da turbina de um dos FH1100 e o Luis Pires tentou livrar um barraco batendo em um muro e caindo com a morte de todos os quatro ocupantes, sendo que um deles foi carbonizado ainda dentro da máquina.Os que conseguiram sair, mas embebidos em QAV (querosene de aviação), morreram queimados ainda no local. Um Detetive da Entorpecentes, chamado Ricardo, ainda foi levado com vida ao hospital, mas morreu algumas horas depois.
O Capitão Médico e Piloto Dr. Abouch (atualmente servido no GAM/PMERJ e que gentilmente cedeu as fotos da matéria e relatou essa verdadeira odisseia da nossa Aviação Policial), foi o responsável pelo reconhecimento dos corpos no IML.
O nosso pioneirismo e heroísmo frente às dificuldades nos tornou o que somos hoje, referência em Operações Aéreas no Brasil!
Fonte: GAM/PMERJ.
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