São Paulo – Durante o dia ela atua na UTI Neuro do Hospital Samaritano de São Paulo e faz alguns plantões no centro de tratamento intensivo na ala oeste (CTI-Oeste). No atendimento do helicóptero Águia do Grupamento de Radiopatrulha Aérea da Polícia Militar de São Paulo, Dra. Fabiana Ajjar é oficial médica (Capitão) e responsável pela unidade integrada de saúde (UIS). Ora usa seu avental branco, ora usa seu macacão de voo verde. Podem estar limpos ou nem tanto, vai depender do que estiver fazendo.

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Além de tripular o Águias de São Paulo no resgate de pessoas feridas, de prestar atendimento aos pacientes, a intensivista realiza a avaliação ambulatorial de pilotos, mecânicos e tripulantes do efetivo do Grupamento.

Também faz parte do trabalho assessorar o comandante em relação à triagem para autorização dos transportes de órgãos e transporte inter-hospitalar.

O Hospital Samaritano é o único hospital privado que recebe vítimas graves transportadas pelo Águia, e o seu Centro de Trauma possui um grande diferencial: ter à disposição uma equipe especializada 24h. Contam com uma equipe de trauma à disposição para o primeiro atendimento em até 15 minutos.

Para a Dra. Fabiana, trabalhar nas frentes de resgate e recepção dos pacientes no Pronto-Socorro e no Águia “é um trabalho muito estimulante. É gratificante acompanhar todas as fases do atendimento ao paciente: resgate, transporte, recepção e tratamento”.

Desafios fazem parte da rotina da Dra. Fabiana Ajjar, médica intensivista do PS do Samaritano e capitão médica do Grupamento Aéreo da PM de São Paulo.

Pensam que acabou por ai? Nada disso, ela é mãe e esposa dedicada e entre um atendimento e um resgate, ela cuida de seus dois filhos e de sua família, ao lado, é claro, de seu marido, que também é Policial Militar.

Um exemplo do que é ser médica e mãe – No dia 11/03, por volta das 09h00, sem avental, mas equipada com seu macacão de voo verde, capacete de voo, equipamentos médicos, tripulando o Águia 11, a Capitão Médica Fabiana com o Enfermeiro 1º Sgt PM Prado, realizaram um difícil resgate e o transporte de uma criança de 05 anos, vítima de deslizamento de barranco ocorrido na noite de 10 de março de 2016, na região de Francisco Morato.

A criança ficou soterrada e presa em baixo de uma laje e foram momentos difíceis para conseguir retirá-la de lá com vida. Conseguiram e a criança foi socorrida para o Hospital das Clínicas, onde foi operada e sobreviveu.

Nessa, seu macacão de verde ficou marrom. Uma vida foi salva e embora as decisões tomadas possam ser duras no momento do resgate, a luta pela vida sempre prevalece.

Qual é o trabalho desses médicos e enfermeiros no resgate de pessoas feridas – um só, salvar vidas. Para isso acontecer é preciso muito treinamento, dedicação, preparo, conhecimento, paciência e coragem.

Se um dia precisar de ajuda e essas pessoas estiverem ao seu lado, pode acreditar, elas farão de tudo para salvar a sua vida.

Obrigado Fabiana!