Acre – Eles são conhecidos como “Anjos sem Asas” carregam no ar a responsabilidade por salvar vidas. Além do apoio de operações especiais o trabalho que exige inteligência, cooperação e agilidade se tornou essencial durante a pandemia.

São mais de 60 horas de voos e 48 pacientes transportados de janeiro à (março) deste ano, minutos que fizeram diferença para quem esperou por socorro. De helicóptero ou de avião, as operações geram imagens parecidas com as de missões humanitárias, muitas delas, no meio da floresta amazônica.

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Segundo o Major Samir Freitas, do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER), somente na região do Juruá onde estão localizadas as cidades de Marechal Thaumaturgo e Porto Walter, em áreas de difícil acesso, foram realizadas 48 horas de voos com a remoção de mais de 30 pacientes.

Freitas destaca que é necessário todo um planejamento para o transporte de vítimas em estado grave e impactado pelo vírus da Covid-19, desde o lugar para pouso e decolagem, o apoio de equipe de solo até o contato direto com o paciente. “Aqui no Acre temos que criar logísticas diferenciadas pelas complexidades das regiões amazônicas. Cada voo tem um planejamento minucioso”, acrescentou Freitas durante entrevista no rádio.

O Major destaca o desempenho da função de cada profissional envolvido nas operações de resgate de vidas, a maioria em pacientes com Covid-19. Desde os operadores aerostáticos (no ar) até motoristas de ambulâncias, enfermeiros e médicos (em solo) dezenas de atores entram em cena.

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Hoje o CIOPAER tem convênio com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) por onde são operacionalizadas todas as emergências da saúde. Pacientes são removidos através da regulação entre as cidades de Marechal Thaumaturgo e Cruzeiro do Sul, em 40 minutos de voo de helicóptero. De Porto Walter, esse transporte dura 20 minutos.

Com os aeródromos fechados para manutenção, o transporte para Marechal Thaumaturgo e Porto Walter só é possível através de barcos ou voadeira. Nessas condições, os pacientes levariam entre 6 e 12 horas de navegação. Nestes casos, o helicóptero é a única esperança de atendimento.

Com pousos e decolagens na vertical, os helicópteros têm facilidade de descer e subir de qualquer local e o deslocamento em linha reta, permite um cruzeiro que chega a 300 km/h, agilizando os atendimentos mais urgentes. “São minutos que salvam vidas, sem essas aeronaves muitos não retornariam às suas casas”, analisou Freitas.

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Visionário, Cameli ampliou a frota de helicóptero e aviões
Quando assumiu o governo em janeiro de 2019, o governador Gladson Cameli não tinha nenhuma aeronave em atividade no estado. O único helicóptero, o Harpia 01, estava abandonado no hangar do aeroporto em Rio Branco.

Foram necessários dez anos para alguém com visão de futuro ampliar a frota. O governador Gladson Cameli foi o responsável pelos trâmites que garantiram a aquisição de novas aeronaves para o Ciopaer.

O centro conta hoje com dois helicópteros esquilos AS350 e dois aviões, um bimotor EM 810 Sêneca III e o Bonanza A-36. Além de salvar vidas, a frota vem transportando alimentos e suprimentos para as regiões mais isoladas.

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Somente este ano, no período de janeiro até março, foram transportados 48 pacientes pelo Ciopaer, sendo 23 de Cruzeiro do Sul e 25 das regiões do Alto Acre e Baixo Acre.

São 12 comandantes e pilotos, mecânicos e operadores aerostáticos pertencentes aos quadros do Comando no Acre. Uma história de 3.000 horas voo.

“O governador é apaixonado pela aviação, se envolve diretamente no CIOPAER ajudando e fazendo a diferença em nosso comando”, concluiu Freitas.

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