Ceará – Os alunos do Curso de Salvamento Aquático (CSA), em capacitação na Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará (Aesp/CE), realizaram uma instrução prática de helocasting na 1ª Companhia de Busca e Salvamento do Batalhão de Busca e Salvamento – 1ª CBS/BBS do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE), situada na Avenida Leste Oeste, no bairro Moura Brasil – Área Integrada de Segurança 1 (AIS 1) de Fortaleza.

O helocasting é uma técnica que consiste no salto de bombeiros militares de uma aeronave em movimento, seja no mar ou em locais de difícil acesso, utilizando helicópteros. A finalidade dessa disciplina é atender situações de afogamento além da linha do litoral, quando os bombeiros não contam com apoio de motos aquáticas ou jet skis. Nesses casos, eles solicitam apoio à Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) para levar os salva-vidas até o local do incidente.

O tenente-coronel Ribamar, piloto da Ciopaer e comandante da aeronave, destacou que a instrução de helocasting serve para preparar os salva-vidas, tanto o pessoal que opera na Ciopaer propriamente dito nas aeronaves, como também o pessoal que exerce o serviço de salvamento aquático no mar. “A gente faz o lançamento da aeronave para o pessoal se adaptar à altura que deve pular da aeronave, ao local mais conveniente e à postura correta dentro da aeronave, para realizar o salvamento aquático de uma vítima que esteja em situação de perigo, ou seja, se afogando”, explicou.

O treinamento inclui o lançamento dos participantes da aeronave, para que se adaptem à altura do salto, ao local mais adequado e à postura correta dentro da aeronave. “É fundamental que eles saibam como se portar dentro da aeronave para realizar o salvamento de vítimas em perigo de afogamento”, destacou Ribamar.

Os alunos são embarcados em duplas ou quartetos, dependendo do peso e do equilíbrio da aeronave. “Quando chegamos a um ponto ideal, fazemos os lançamentos. Eles vão da porta da aeronave e são lançados ao mar”, detalhou o piloto.

Esse conteúdo é dividido em três partes: teoria, instrução estática, realizada com a aeronave parada no pátio, e a terceira e última parte, com a aeronave com os rotores girando e entrando no meio líquido, ou seja, no mar.

O objetivo dessa instrução é capacitar os salva-vidas para, durante suas operações, saberem como preparar o local, como agir e como desembarcar no local, caso necessitem da Ciopaer. Nesse tipo de instrução, é evidente a interação entre os órgãos de segurança, que trabalham em conjunto, e a Ciopaer, que sempre oferece apoio às entidades vinculadas.

A Aesp reafirma seu compromisso em fornecer uma formação completa e integrada aos seus alunos, garantindo que eles estejam plenamente preparados para enfrentar qualquer situação de emergência aquática.