Choque com cabos de alta tensão provocou a morte de piloto de helicóptero
26 de setembro de 2019 1min de leitura
26 de setembro de 2019 1min de leitura
Portugal – A queda do helicóptero que combatia um incêndio em Valongo, na semana passada, que provocou a morte ao piloto foi causada pela colisão do balde de transporte de água do aparelho com um dos cabos de alta tensão que não necessitava de estar sinalizado, de acordo com uma nota informativa divulgada divulgada pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF).
Foto: Ivo Pereira/Global Imagens
Segundo este documento, a análise preliminar às causas do acidente indicam que o balde suspenso por cabos de aço ultrapassou primeiro “a primeira linha de muito alta tensão (400kV), devidamente sinalizada” por estar numa cota mais alta. No entanto, o balde acabou por colidir com os “cabos de segunda linha (tensão 220kV)”, que está “posicionada a uma cota inferior e a cerca de 45 metros de distância horizontal da primeira, motivo pelo qual dispensa sinalização”.
No momento do contacto do balde com o cabo, “o rotor da cauda” do helicóptero “atingiu o cabo de guarda (a verde na figura abaixo) que, por possuir potencial zero, resulta numa descarga elétrica utilizando o helicóptero e seus acessórios como condutor entre os dois cabos”.
O mesmo relatório explica ainda que após a descarga elétrica a aeronave perdeu o rotor de cauda e o estabilizador vertical, o que fez com que o helicóptero tivesse iniciado “uma rotação no sentido anti-horário” tornando inevitável a queda com o solo.
“Após o violento embate com o solo, de imediato deflagrou um incêndio intenso que consumiu a aeronave na totalidade. Neste processo o piloto e único ocupante da aeronave foi ferido fatalmente.”
O GPIAAF anuncia ainda neste documento ter aberto um processo de investigação de segurança às causas do acidente, a qual irá ter em conta o funcionamento da aeronave pré-evento, os fatores humanos envolvidos, os fatores organizacionais e procedimentos envolvidos na operação, bem como as medidas de gestão do risco relativamente à colisão de aeronaves de combate a incêndios com linhas aéreas de transporte de energia.
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