CAvPM/SP auxilia combate a incêndios em vegetações de quase 40 cidades de São Paulo
24 de setembro de 2024 2min de leitura
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São Paulo – As forças de segurança paulista têm se empenhado no combate aos incêndios nas vegetações no estado de São Paulo. Além do trabalho do Corpo de Bombeiros, que realiza a ação por terra, os helicópteros Águia da Polícia Militar prestam um apoio fundamental no controle das chamas. As aeronaves conseguem operar em áreas de difícil acesso e atingir focos de queimadas inacessíveis.
O acionamento das aeronaves é realizado pelos Bombeiros ou pela Defesa Civil, que fazem o monitoramento das áreas com os focos de incêndio. Ao ser acionado, o Comando de Aviação avalia o cenário com o uso de helicópteros para depois escolher o método mais adequado de combate na ocorrência.
Entre 8 de agosto até a última quarta-feira (04/09), os helicópteros da PM prestaram apoio a incêndios em 38 cidades do interior paulista.
“A gente tem uma tabela de critérios estabelecidos a partir do nível do risco daquele incêndio. Se esse grau de risco é atingido, a atuação de um helicóptero é fundamental porque temos a visão do alto e ainda conseguimos, por meio de um equipamento nosso, ajudar no combate às chamas”, afirmou o capitão Guilherme Wheisshaupt, do Comando de Aviação da Polícia Militar.
O equipamento citado pelo piloto chama-se “Bambi Bucket”, um tanque capaz de carregar até 500 litros de água, que é despejado sobre o foco das chamas. Essa é uma das principais vantagens das aeronaves destinadas a combates de incêndio em relação às ferramentas usadas pelo Corpo de Bombeiros.
O tanque permite uma rápida reposição, já que pode ser reabastecido em fontes de águas próximas, normalmente em lagos, fazendo com que o helicóptero retorne rapidamente ao local do incêndio e continue a operação. Além disso, sua aplicação é direcionada, ajudando a controlar o incêndio de maneira mais eficaz em áreas específicas.
No período, houve mais de 800 lançamentos de “Bambi Bucket” em queimadas no interior do estado, com cerca de 330 mil litros de água despejados. Além disso, houve o emprego de dez aeronaves.
O capitão Wheissghaupt explica que, nesses casos, devido ao peso do tanque, apenas o piloto e um tripulante, responsável por dispensar a água, atuam de dentro do helicóptero. O copiloto fica auxiliando do solo, juntamente com os bombeiros, para melhor direcionar o rumo da aeronave. A comunicação é feita por meio de rádio.
“A gente sempre trabalha de forma muito concentrada, principalmente porque é uma atividade de risco para a aviação. No local sempre tem muita fumaça, atrapalhando a nossa visibilidade, tem o calor, a parte térmica mexendo na densidade da atmosfera, que tem relação direta com o nosso parâmetro de voo. Então é uma atividade que exige muito esforço e concentração”, completou.
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