Cães farejadores e helicóptero atuam nas buscas por reféns em mata no RS
02 de janeiro de 2013 3min de leitura
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Cerca de 200 policiais, cães farejadores, um helicóptero Schweizer 269C do Batalhão de Aviação da Brigada Militar e barcos vasculharam uma região de mata em Cotiporã em busca dos nove reféns e dos assaltantes que explodiram uma fábrica de joias na Serra do Rio Grande do Sul.
O efetivo foi trocado ao menos três vezes e o número de policiais militares caiu para 70 nesta terça-feira (1). De acordo com o subcomandante-geral da Brigada Militar, coronel Altair de Freitas Cunha, a comunidade ainda necessita de apoio emocional. “As buscas continuam e serão intensificadas nos próximos dias. Mas o nosso objetivo também é garantir uma certa estabilização emocional da população de Cotiporã”, afirmou o coronel ao G1.
Segundo a polícia, foram levadas sete pessoas da mesma família e duas mulheres que estavam em um bar na frente da fábrica. Três homens foram mortos no confronto com a polícia, incluindo o líder, Elisandro Falcão, considerado o foragido número 1 do estado. Ainda não há confirmação do número de assaltantes que fugiram.
“É uma zona de pouca densidade populacional, com serras, matas, parreirais. Temos de trabalhar, pois eles não estão concentrados em um determinado lugar. Nos exige muita cautela”, disse o Secretário de Segurança do RS, Airton Michels, em entrevista à Rádio Gaúcha.
Segundo a polícia, o bando fugiu em um Audi, um Astra e um Fiat Strada roubado, que foi usado para levar os reféns. O confronto com a polícia ocorreu ainda durante a madrugada, quando o bando fez os primeiros reféns, já liberados. Os assaltantes usaram explosivos para abrir uma das portas da joalheria e saíram com dois sacos cheios de joias. Um deles já foi recuperado pela polícia.
“Estamos acompanhando com muita prudência. O helicóptero está nos ajudando a conferir dicas que estamos recebendo de moradores. Ainda não houve contato dos bandidos para negociar a libertação dos reféns. Também não temos evidência mais concreta de localização. Estamos espalhados por toda a região e vamos ficar até ter indícios mais fortes que levem à prisão e à libertação das pessoas que foram levadas”, explicou o comandante da Brigada Militar, Sérgio Abreu.
Para o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, a prioridade é a integridade física dos reféns levados pelo grupo de criminosos foragidos. O governador do estado afirmou que serão utilizados todos os meios operacionais disponíveis para solucionar o caso e que é preciso “um comando tranquilo” na ação. “A prioridade das prioridades é cuidar da vida dessas pessoas. O comando deve ser tranquilo. Vamos contar com a capacidade da nossa Brigada Militar para que isso tudo termine bem”, disse Tarso Genro.
O assalto
O drama na cidade começou às 2h de domingo, quando os assaltantes explodiram uma fábrica de joias. As imagens das câmeras de segurança mostram o momento das detonações e depois os homens recolhendo pacotes espalhados pelo chão. Na fuga, o grupo rendeu cerca de 30 pessoas que estavam num bar, em frente à fábrica, e fugiu levando reféns.
No caminho, eles foram surpreendidos pela Brigada Militar. Na troca de tiros, dois policiais ficaram feridos e três criminosos morreram. Entre eles, o homem mais procurado pela polícia do estado: Elisandro Rodrigo Falcão. A suspeita é que ele tenha comandado diversos ataques a bancos com explosivos no estado este ano. Os assaltantes, que conseguiram fugir com duas reféns, invadiram uma casa.
Fonte: G1.
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