Base de Araçatuba completa dois anos de operação
09 de maio de 2013 3min de leitura
Há dois anos (05/05/2013), moradores de Araçatuba, interior de São Paulo, e de outras 42 cidades da região passaram a conviver com o barulho do helicóptero Águia, da Polícia Militar. Nesse período, a aeronave, entregue no dia 5 de maio de 2011, já realizou 550 horas/voo e participou de 935 missões, proporcionando mais segurança e confiança à população.
E trazer o helicóptero para a região foi além das forças políticas. Houve necessidade de sensibilizar empresários donos de hangares no aeroporto Dario Guarita para que pudessem doar uma área de 140 metros quadrados para abrigar o Águia.
Após campanha realizada pelo coronel Benedito Roberto Meira, na época comandante do CPI-10 (Comando de Policiamento do Interior-10) e hoje comandante-geral da PM no Estado, Araçatuba, enfim, passou a contar com o helicóptero, avaliado em R$ 5,8 milhões. Um usineiro cedeu parte do hangar de sua empresa.
Dois anos de atuação em 42 cidades, 550 horas de voo e 935 missões, inclusive de apoio a transporte de paciente em estado grave. Investimento de R$ 5,8 milhões do governo do Estado de São Paulo, a presença do helicóptero Águia a serviço do CPI-10 (Comando de Policiamento do Interior) na região de Araçatuba contribuiu para potencializar o combate à criminalidade por meio de recursos práticos e no aspecto psicológico das performances ostensivas.
Editorial do jornal “Folha da Região”, publicado em 07/05/2013
Como afirmou em reportagem publicada domingo (5) pela Folha da Região, o comandante do grupamento aéreo de Araçatuba, capitão Harley Washington, quando um criminoso vê a aeronave sobrevoando, a tendência é que se sinta intimidado, pois não sabe se ele é o próprio alvo. Mesmo que não seja, pode ser mais facilmente detectado do alto pelos policiais do Águia, que têm a possibilidade de municiar com informações para procedimentos das equipes em terra.
Numa região como a de Araçatuba, banhada por importantes rios e próxima às divisas de São Paulo com Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná – além de acesso facilitado a países como Paraguai e Bolívia – a presença do helicóptero é ainda mais imprescindível e estratégica. Indiscutível a importância da aeronave para ajudar a combater o contrabando, o tráfico de drogas e os crimes ambientais, além de auxiliar em operações de resgate e grandes incêndios.
Entre as mais nobres missões do Águia na região nesse período pode ser destacada a transferência de uma mulher de 50 anos, com um tipo de trombose cerebral, precisando de atendimento urgente. Foi levada de Bilac a Botucatu, onde chegou com início de AVC (Acidente Vascular Cerebral). Em outras regiões, o equipamento tem permitido operações para transplante de órgãos, em que a corrida contra o tempo faz a diferença entre a vida e a morte.
Quando o projeto Águia foi implantado em Araçatuba, o governo do Estado divulgou que a manutenção mensal seria de R$ 55 mil. A propósito, também nesse contexto acerta a PM, e cumpre sua obrigação, à medida que não se permite fazer uso da aeronave para exibicionismos e em eventos de utilidade discutível. Apenas o bom gerenciamento pode fazer com que um investimento de dinheiro público nesse nível resulte em equilíbrio da relação custo-benefício.
Quando isso não acontece, a população perde duas vezes, em forma de desperdício e de insegurança. Como ocorreu no Rio de Janeiro, em ação mostrada domingo no programa Fantástico: o helicóptero da Polícia Civil disparando tiros a esmo na rua de uma favela, para acertar um traficante. Felizmente, a história aqui tem sido diferente, e que assim continue.
Fonte: Folha da Região / Editorial
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